ASSEMBLÉIA RESISTE ÀS PRESSÕES E MANTÉM GREVE

Em Assembléia realizada nesta quarta, 02, no TRT, os servidores votaram pela continuidade da Greve. O destaque do dia foi o Ato Conjunto com trabalhadores das três Justiças, inclusive da JF, que agora determinou o corte de ponto dos servidores em Greve (leia mais abaixo). Apesar disso, vários colegas compareceram ao Ato, mostrando disposição para resistir às pressões. O Ato também contou com a participação de sindicalistas e representantes do movimento popular, que expressaram apoio aos servidores do Judiciário em sua luta por revisão salarial.
O Comando de Greve também se reuniu nesta quarta com o Diretor do Foro da Seção Judiciária de SC da Justiça Federal, Alcides Vettorazzi, para esclarecer o conteúdo do e-mail da Secretaria de Recursos Humanos sobre os registro de freqüência dos servidores em greve.
Na reunião, ele reafirmou que do dia 19 – início da Greve – até o dia 25, pode haver compensação local porque até esta data não houve manifestação da SJSC em relação ao movimento. A partir dali, haverá desconto dos dias parados. O Diretor alegou que segue a Resolução 419 do CJF, de 2005, ao que os servidores responderam que, nas Greves anteriores, foi feita negociação dos dias parados, independentemente da Resolução. Também não houve, por parte do TRF da 4ª Região, qualquer orientação sobre o tema, além do que a Lei de Greve menciona a necessidade de haver negociação entre as partes no que se refere à manutenção de atendimento mínimo durante o movimento. 
Em face disso, o Comando de Greve solicitou que o Diretor oficializasse o conteúdo do e-mail, mas Alcides Vettorazzi insistiu que bastava a Resolução para isso, não havendo necessidade de outro tipo de ato. Apesar de manter a posição de fazer o desconto, ele declarou que entende ser a Greve um direito constitucional e que, ao final da Greve, se compromete a negociar os dias parados, com pagamento em folha suplementar.
Alcides Vettorazzi também pediu ao Comando de Greve que oficializasse dois fatos, um em Itajaí e outro na Capital, que ele, depois de tomar conhecimento, considerou equivocados. Um deles foi a atitude de um juiz que pressionou servidores a voltar ao trabalho sob pena de perderem a FC. Outro foi na Ceman da JF, onde dois Oficiais de Justiça em greve foram convocados para o trabalho, sendo que havia oito disponíveis, com base na Lei de Greve, para fazer o serviço. Tais situações, avaliou ele, não serão aceitas porque a Greve é um direito dos servidores.