Por Imprensa
Cerca de 15 mil pessoas, segundo os organizadores, ou 12 mil, de acordo com a polícia, se manifestaram ontem na cidade de Mogúncia (Mainz), na Alemanha, contra a visita do presidente George W. Bush. O protesto transcorreu sem incidentes pelo centro da cidade, que estava vazio porque a maioria das lojas fechou devido às rigorosas medidas de segurança.
Os organizadores, cerca de 50 grupos que vão de associações a partidos parlamentares de esquerda, contavam com a participação de um máximo de 15 mil manifestantes, já que ontem era um dia útil, faz muito frio e a cidade escolhida para a cúpula não é uma metrópole, além de as “medidas” de segurança terem ordenado a paralisação total de toda a atividade comercial e de transportes na cidade. “Isto é um grande êxito que se explica pelo fato de a imensa maioria dos alemães se opor às políticas de Bush e quem pode veio até aqui”, disse o porta-voz do grupo Attac, Andreas Alzek.
Centenas de ônibus levaram manifestantes de toda a Alemanha até Mogúncia e o protesto pôde acontecer apesar de o espaço aéreo e as vias fluviais, ferroviárias e rodoviárias estarem parcial ou totalmente fechadas. “Eu estou aqui não só para representar os alemães e os europeus que se opõem a Bush, mas os 50% dos americanos que não votaram nele nas últimas eleições”, afirmou um psicólogo de 35 anos que desfilava com um cartaz que pedia “Liberdade para os EUA”.
Um dos maiores destaques da manifestação foi uma cela na qual um manifestante vestido de soldado maltratava um outro que usava o uniforme laranja dos presos do campo de concentração americano de Guantânamo, ilegalmente em Cuba. A manifestação, convocada sob o lema “Not welcome Mr. Bush”, percorreu grande parte do centro de Mogúncia, mas não pôde chegar ao castelo onde a cúpula foi realizada porque a zona estava cercada.
Paralelamente ao protesto, um grupo de simpatizantes de George W. Bush tinha convocado um ato de apoio ao líder do regime americano, mas segundo a polícia ele só teve a participação de 25 pessoas e durou menos de uma hora.
Fonte: Portal Vermelho, com informações de agências de notícias