A XXIV Plenária Nacional da Fenajufe, na cidade de Natal, capital do Rio Grande do Norte, começou nessa quinta-feira (23) reforçando unidade e mobilização pelos direitos da categoria. O segundo maior evento deliberativo da Federação registrou a participação de 24 sindicatos de base e 164 delegados(as) e observadores(as). Representam Santa Catarina os e as seguintes colegas: Luiz Severino Duarte (JT), Denise Moreira Schwantes Zavarize (JT), Alexandre Lapagesse da Silveira (JF), Paulo Ricardo Ferreira Borba (JF), Clóvis Miguel Massignani (JT) e Edemar Luiz Maleski (JT). O coordenador Paulo Roberto Koinski (JF) participa pela Fenajufe.
Participam presencialmente as coordenadoras Lucena Pacheco, Sandra Dias, Soraia Marca, Luciana Carneiro, Fernanda Lauria, Márcia Pissurno, Juscileide Rondon, Denise Carneiro e Paula Meniconi e os coordenadores Fabiano dos Santos, Paulo José da Silva, Thiago Duarte, Leopoldo de Lima, Fábio Saboia, Jaílson Lage, Manoel Gerson, Luiz Cláudio Correa e Paulo Roberto Koinski; já os coordenadores Fabrício Loguercio, Edson Borowski e Ribamar França por videoconferência.
A mesa diretora, composta pelas coordenadoras Luciana Carneiro, Paula Meniconi e os coordenadores Thiago Duarte e Paulo José, comandou os trabalhos de conjuntura. Compuseram a mesa temática a economista sênior do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos (Dieese) Lúcia Garcia, a professora e pesquisadora do Centro de Estudos e Pesquisas em Humanidades da Universidade Federal da Bahia Graça Druck e o consultor legislativo Vladimir Nepomuceno.
Antes do início das falas, na condução da mesa, a coordenadora Luciana Carneiro se solidarizou com a delegação do Sintrajufe/RS, que foi impossibilitada de estar presente diante da tragédia causada pelas enchentes que assolaram todo o estado.
Em sua fala inicial, Lúcia Garcia afirmou que o que “se espera em uma mesa de conjuntura é não contar novidades e sim criar alinhavos que possam ser úteis, de alguma forma, às lutas das categorias’. Ao falar de conjuntura brasileira e do trabalho, a economista abordou o avanço das reformas retrógradas no plano das organizações do arcabouço de proteção ao trabalho, como a reforma trabalhista, administrativa, a agressão ao meio ambiente, enfim, “o conjunto da obra que nós vimos ser montados nos últimos tempos”.
Já a professora Graça Druck acentuou que estamos vivendo numa conjuntura mundial que determina uma “era da sociedade capitalista que tem uma predominância de um projeto de sociedade que vem sendo vitorioso no mundo todo”. Segundo ela, a “neoliberalização” da sociedade, que está em curso em todo o mundo, e a ascensão da extrema direita, trouxeram muitas transformações para o mundo do trabalho – principalmente para os servidores públicos.
Por sua vez, iniciando sua fala sobre precarização do trabalho, Vladimir Nepomuceno citou o crescimento da Uber no país. O consultor afirmou que a uberização é uma das formas de acabar com as verbas políticas e sociais. Sobre a correlação de forças, Nepomuceno destacou que ela “não é estática e para movê-la é necessário força”. Ele lembrou que desde o fim da ditadura, o Brasil sempre esteve em correlação de força “desfavorável”.
Para aprofundar o debate da conjuntura atual, Vladimir citou trechos de um texto do jornalista Ruy Castro que, entre outros pontos, ressalta que “a extrema direita tem uma receita universal. Populismo, nacionalismo, discurso moral e religioso. Xenofobia, repúdio a imigrantes e racismo”.
Da base, participam representantes do Sitraam/AM-RR, Sindjuf-PA/AP, Sinsjustra/RO-AC, Sindjus/AL, Sindjufe/BA, Sintrajurn/RN, Sintrajufe/CE, Sindissétima/CE, Sinje/CE, Sinpojufes/ES, Sisejufe/RJ, Sintrajud/SP, Sindiquinze/SP, Sinjufego/GO, Sintrajufe/MA, Sitraemg/MG, Sindjufe/MS, Sindijufe/MT, Sintrajuf/PE, Sintrajufe/PI, Sinjuspar/RR, Sinjutra/PR, Sintrajusc/SC e Sintrajufe/RS, além da a comissão Pró-Fenajufe DF.
A Plenária Nacional se encerrará no domingo, 26.
Confira as fala no vídeo: