Por Marcela Cornelli
No dia 25 de Novembro é lembrado o Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher. Esta data é comemorada em vários países da América Latina e Caribe desde 1981 e, este ano, acontecem atividades em diferentes cidades. Países como Bolívia, Brasil, México e El Salvador organizam campanhas para incentivar o respeito aos direitos da mulher.
Em São Paulo, a CUT promove nos dias 25 e 26/11, com apoio da CSC-Confederação de Sindicatos Canadenses-Quebec, o Seminário Internacional “Integração Econômica, livre Comércio e os impactos no trabalho produtivo e reprodutivo”.
Uma marcha pacífica será organizada na capital boliviana, La Paz, onde a cor branca será a predominante. A caminhada aconteceu no domingo e percorreu o trecho entre a Praça dos Heróis e o passeio El Prado. Como requisito para participar da mobilização era utilizar nas casas lenços brancos como demanda de paz e contra o maltrato da mulher e, também, haverá bandeiras brancas em todos os prédios públicos e privados da capital. Além disso, realiza-se um concurso de jornais murais com o tema da não violência contra as mulheres, no qual poderão participar jovens estudantes do ensino médio e mulheres; também haverá um minuto de silêncio.
No caso do Brasil, grupos de mulheres convidam, durante três dias, a lutar pela violência contra a mulher, em um evento chamado “Semana de Luta”, que acontecerá em Mossoró, no estado do Rio Grande do Norte, do dia 24 a 26 de novembro. Em vários lugares da cidade vão ser distribuídos panfletos com informações sobre os fatores que levam à violência contra a mulher e haverá atividades nos teatros e caminhadas pelo centro da cidade durante os três dias.
Já no México, a organização Anistia Internacional (AI) convocou uma campanha de “16 dias de Ativismo Contra a Violência de Gênero”, que estará dedicada às denúncias dos assassinatos de mulheres na Ciudad Juárez e a cidade de Chihuahua. A campanha vai começar no dia 25 até o dia 10 de dezembro e se centrará em um informe emitido pela AI em julho passado sobre a violência de gênero em Ciudad Juárez, titulado “Mortes Intoleráveis: Dez Anos de Desaparecimentos e Assassinatos de Mulheres em Ciudad Juárez e Chihuahua”.
Em El Salvador também se está organizando a campanha “Levantemos nossas vozes… por uma vida livre de violência”, promovida pela organização Las Dignas. Para essa ocasião haverá atos em diferentes datas e lugares com a finalidade de analisar e avançar na erradicação da violência de gênero. Alguns eventos já foram realizados: “Dia da Não Violência em Chinameca”, comemorado na quarta-feira, dia 19 de novembro e o “Monólogo Mulher Só” no mesmo dia na Universidade de El Salvador. Para o dia 25 está planejada a manifestação da Comemoração contra a Violência em San Salvador, onde haverá apresentações artísticas, baile e rifas no Redondel da Constituição, às 17 horas.
Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher
25 de novembro é o Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher, data instituída durante o 1º Encontro Feminista Latino-americano e do Caribe em Bogotá, Colômbia, em 1981. O reconhecimento desse dia se deve à memória das irmãs Mirabal, brutalmente assassinadas na República Dominicana durante o regime do ditador Trujillo, em 1960. Em 1999, a data coincidiu com a realização do VIII Encontro Feminista Latino-americano, em Juan Dolio, República Dominicana.
Fontes: CUT Nacional