Tina Braga
A Primeira Conferência Nacional de Políticas para Mulheres, encerrado no último sábado, em Brasília, trouxe uma conquista histórica para o movimento feminista brasileiro.
Aprovada pela ampla maioria das participantes, foi encaminhada emenda ao documento original com as diretrizes de uma política para rever a legislação que pune a realização do aborto e avalia as possibilidades de sua descriminalização e legalização.
A emenda transforma a avaliação da “possibilidade” em “recomendação”.
A expectativa agora do movimento feminista do país é de que o presidente Luís Inácio Lula da Silva inclua a legalização do aborto no Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, que será lançado no próximo 25 de novembro, dia internacional de combate à violência contra a mulher.
É bom observar que as mulhres defendem a liberdade de interromper a gravidez de maneira segura quando não desejarem a maternidade. E que, também, o Governo brasileiro deve enfrentar os segmentos religiosos que consideram o aborto um crime contra a vida intrauterina.