Por Janice Miranda
Em resposta ao senador Jefferson Péres (PDT-AM), que criticou ontem o fato de a Câmara estar criando problemas para votar a PEC paralela da Reforma da
Previdência (nº 77), o líder do bloco governista, senador Tião Viana (PT-AC), afirmou que até agora o governo tem honrado o compromisso que assumiu com o Senado, fazendo a convocação extraordinária e incluindo na pauta a PEC paralela, que ameniza os efeitos da Reforma da Previdência sobre os servidores públicos. O ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu, em reunião com as lideranças da Câmara, fez um apelo para que eles assegurem a votação acelerada da reforma da Previdência, informou o líder.
Tião Viana disse que lhe causa estranheza ouvir que não há prazo para se votar a PEC paralela e lembrou que não há qualquer argumento que sustente essa afirmação.
Como líder do PPS, o senador Mozarildo Cavalcanti (RR) destacou que a atitude do presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha, de colocar impedimentos à votação da PEC paralela, põe sob suspeita a palavra do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dos ministros que se comprometeram com os senadores.
O líder do PL, senador Magno Malta (ES), disse não acreditar que a Câmara esperava que os 81 senadores, muitos ex-ministros e governadores, abririam mão de dar sua contribuição para uma reforma tão importante como a da Previdência. Já a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) afirmou que há tempo hábil para a votação da PEC paralela, bastando para isso vontade política. Ela salientou que a matéria é importante e que os trabalhadores esperam uma resposta positiva dos deputados.
Fonte: Agência Senado