O PLC 28/15, de reposição salarial da categoria, que estava na pauta para apreciação nesta quarta no plenário do Senado, teve a votação adiada para o dia 30 de junho. O adiamento foi anunciado pelo presidente da Casa, Renan Calheiros. Ele justificou afirmando que o projeto ainda é objeto de negociação entre Judiciário e governo. A decisão gerou protestos dos servidores que acompanhavam a sessão. Durante os dois últimos dias, caravanas de servidores de vários estados estão em Brasília, para fazer um trabalho de convencimento junto a senadores. O Sintrajusc enviou três colegas.
O líder do governo, senador Delcídio Amaral (PT-MS), manifestou-se, apoiando a decisão de Calheiros. Ele afirmou que é preciso “buscar uma solução” à reposição salarial da categoria. Não explicitou, no entanto, qual seria a solução, uma vez que, em sua fala, disse também que há várias outras categorias do serviço público sem reposição.
Desde o início da ordem do dia desta quarta, no Senado, o senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP) cobrou que a proposta fosse a votação. Ao longo da sessão, ele reiterou que os servidores do Judiciário Federal estão há nove anos sem reajuste, que a reposição salarial da categoria tramita há anos no Congresso e que não é mais possível protelar.
Outros senadores manifestaram apoio ao projeto, exigindo a votação ainda na noite de hoje. Alguns lembraram que o Senado já votou o ajuste fiscal que o governo queria e que, agora, chegou o momento de votar o “ajuste salarial”. Apesar dos protestos e das manifestações contrárias, a Mesa do Senado manteve a decisão, e o projeto fica pautado para o próximo dia 30, adiando um desfecho para a reposição salarial da categoria no Congresso Nacional.
Com informações do Sintrajufe