Por Janice Miranda
Os policiais civis do Distrito Federal decidiram continuar em greve, em assembléia no Parque da Cidade nesta sexta, em Brasília. Ao contrário do que sinalizou ontem o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol/DF), Wellington Luiz de Souza, a categoria vai manter a paralisação pelo menos até a próxima terça-feira, quando acontece uma nova assembléia.
Na quinta-feira, o secretário da Fazenda, Valdivino Oliveira, oficializou a entrega do texto da Medida Provisória que pede o reajuste da gratificação intermediária dos policiais – uma das verbas que compõem a remuneração do servidor – de 170% para 200%. Com isso, o salário inicial dos servidores terá aumento de 11% e passará de R$ 3.784,99 para R$ 4.173,03. A proposta também contempla policiais militares e bombeiros.
Na quarta-feira, o Governo do DF depositou as oito parcelas de anuênios para os policiais civis. Não foram pagas ainda as férias de janeiro e benefícios, como auxilio creche e vale transporte, reivindicados pela categoria. O presidente do Sinpol/DF, Wellington Luiz de Souza, reclama do não pagamento das férias devido à uma falha técnica do Ministério do Planejamento. “O Ministério do Planejamento (MP) teve problemas, por isso não depositou o dinheiro. Além disso, ele emitiu folhas de pagamentos com 90% dos cálculos errados”, disse. De acordo com o presidente, esta atitude do ministério desrespeitou os policiais e por isso a paralisação vai continuar.
Na próxima terça-feira, eles se reúnem em assembléia no parque para discutir novamente se continuam em greve. Enquanto isso, as visitas no sistema prisional e serviços como confecção de documentos de identidade, ainda ficarão suspensos. Perícias de acidentes e liberação de corpos pelo Instituto de Medicina Legal (IML) serão reduzidos. Apenas casos de emergência vão ser atendidos.
Fonte: Correio Braziliense Online