A importância do 8° Congresso da Fenajufe, realizado de 26 a 30 de abril em Caeté, Minas Gerais, foi um marco para começar a mudar a postura da entidade frente ao Governo Dilma/PT e iniciar, com as demais categorias de servidores públicos federais, um forte movimento por reposição anual dos salários e pela campanha de revogação da Reforma da Previdência de 2003 e contra a privatização do Estado brasileiro, como, por exemplo a entrega da administração e recursos dos Hospitais Universitários para uma empresa pública de caráter privado (EBSERH), os leilões dos poços de petróleo e portos.
Esperamos que neste novo contexto não vejamos mais situações como a chamada pelo fim da Greve em 2010 porque haveria um pretenso acordo de “LULA/PELUSO”. Na verdade, esse dito acordo alardeado à época, principalmente pela direção do Sindicato de Brasília (governista e cutista até a medula), nunca ocorreu, não passando de mera manobra para não deixar a Greve dos servidores do Judiciário entrar no período eleitoral.
A direção do SINTRAJUSC apresentou uma tese de desfiliação da FENAJUFE da CUT, percorrendo, entre o final de fevereiro e o início de março, praticamente todo o TRT e prédio das Varas Trabalhistas de Florianópolis para distribuir a tese, sendo unânimes as expressões de apoio à desfiliação da CUT e à necessidade de ser oposição ao governo Dilma/PT. Mais tarde esta plataforma foi enriquecida pelas propostas votadas na nossa Assembleia, como a crítica à utilização do Google como hospedeiro dos e-mails institucionais do TRT-SC.
Temos orgulho de termos defendido uma das teses pela desfiliação da FENAJUFE da CUT e de oposição de luta e pela esquerda ao Governo Dilma/PT. Também temos o orgulho de termos defendido a tese de saúde elaborada por um dos Coordenadores do Sindicato, o companheiro Paulo Roberto Koinski, na qual ele realçou, na sua defesa, as consequências, para a saúde laboral, de medidas como os cortes de funções em decorrência da Resolução 63 do CSJT e a redução do número de servidores nas Varas para dar conta de uma gama cada vez maior de trabalho e a implantação, nestas condições, do Processo Judicial Eletrônico (JT).
Luta contra a Reforma
Hoje temos o desafio de levar adiante a campanha pela anulação da Reforma da Previdência, a unidade na luta com o conjunto dos servidores públicos federais via Coordenação Nacional das Entidades de Servidores Federais (CNESF) e enfrentar o corte das FCs na Justiça do Trabalho. Já realizamos um primeiro ato no dia 9 de maio no prédio novo das Varas do Trabalho de Florianópolis, inaugurando aquele espaço para o nosso movimento. É necessário que todos os servidores prejudicados com os cortes ou diminuição das FCs/CJs entrem com ações individuais. A Assessoria Jurídica do SINTRAJUSC está à disposição dos colegas filiados.
Nas cidades em que está sendo implantado o PJe, é comum ouvir expressões de saudade do PROVI (sistema virtual/digital de processos no âmbito do TRT-SC, feito com a participação de vários colegas e magistrados) e questionamentos, por parte de magistrados, servidores e advogados, se é possível chamar de progresso a implantação do Processo Judicial Eletrônico desta forma, feita às pressas para se cumprir prazos do CSJT, sem um adequado treinamento dos funcionários e aplicando um sistema que não está acabado.
Para o Sindicato, não se pode chamar de progresso a implantação de uma tecnologia que está deixando servidores, magistrados e advogados mais estressados e cansados. É o tipo de ambiente propício para o adoecimento dos colegas e operadores do direito. Temos que discutir com urgência tudo o que está se passando na Justiça do Trabalho e convidamos a todos, servidores, juízes e advogados, para realizarmos os debates!