Hoje Santa Catarina irrompe na Greve do Judiciário Federal. E usamos a palavra irromper porque, muitas vezes, o que inicia aos poucos de repente brota com ímpeto, como aconteceu na Assembleia de semana passada em que os servidores da Eleitoral e da Federal aprovaram por maioria o início do movimento. Às 16 horas desta segunda-feira é a vez dos servidores da Justiça do Trabalho em Florianópolis decidirem, em Reunião Setorial, que decisão irão tomar em relação à Greve.
Blumenau já decidiu. A Justiça Federal de lá aderiu à Greve por tempo indeterminado, e o mesmo ocorreu na 2ª e 3ª Varas da Justiça do Trabalho. Hoje os colegas da JF e JT de lá irão conversar com o pessoal da Eleitoral. Os servidores de Blumenau indicaram um representante para ir na reunião do Fórum dos Trabalhadores no município, que reúne cerca de 15 Sindicatos, e explicar a situação dos trabalhadores. O Fórum vai apoiar o movimento do Judiciário.
A ideia é envolver a sociedade na luta para que sensibilize os Tribunais a não cortar o ponto. No informe repassado ao SINTRAJUSC, os colegas dizem que essa é uma forma de colocar a opinião pública a nosso favor. E concluem: “… que sejam encaminhadas essas informações para a JT em Florianópolis para que se sensibilizem no sentido de aderirem ao movimento por tempo indeterminado, como estamos fazendo aqui no interior”.
O apelo vem do meio da categoria. Por ele é importante que os servidores da JT participem da Reunião Setorial na rampa, acelerando a mobilização, para não deixar os colegas sozinhos na luta. A presença dos servidores do JT é fundamental para impulsionar a Greve no Estado. Se nos entregarmos agora, quem vence?
Os jornais dizem que Dilma Rousseff abre o expediente desta segunda num encontro com Miriam Belchior, a ministra do Planejamento. E lá estão as entidades sindicais em acampamento que vai até a próxima sexta-feira. Dia 31 se aproxima. Agora é tudo ou nada. Quem está sem reajuste há seis anos tem que dar a resposta agora.