Os servidores do Judiciário Federal, em luta pelo fim do congelamento salarial que se alastra por mais de seis anos, irão ‘recepcionar’ nesta quarta-feira (18), a partir das 15h, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, que estará no Tribunal Regional Eleitoral-SP para um encontro com os Juízes Eleitorais da Capital.
O evento acontecerá no Plenário do TRE, no 14ª andar do edifício sede, na Rua Francisca Miquelina, 123, Bela Vista próximo ao metrô da Sé.
Para reforçar o alerta de que “sem negociação pode não haver eleição”, os servidores irão realizar um ato na porta do TRE. Na oportunidade, irão cobrar da ministra a sua efetiva participação no processo de negociação junto ao Executivo para aprovação imediata do PCS-4. Ressaltando a forte mobilização nacional na semana do registro das candidaturas, que deve se repetir nos próximos dias comprometendo, portanto, o processo eleitoral deste ano.
“Embora a ministra venha dando declarações favoráveis às reivindicações dos servidores em todos os estados aonde vem sendo ‘recepcionada’, até o momento, não se têm visto ações efetivas de sua parte, que apontem para o fim do impasse entre a cúpula do Judiciário e o poder Executivo para a aprovação do PCS-4”, questiona Adilson Rodrigues, diretor do Sintrajud.
Além das negociações em torno do PCS-4, os servidores também vão cobrar da ministra o ‘engavetamento’ dos processos que tratam da revisão geral dos servidores que está parado no Supremo Tribunal Federal (STF), onde Cármen Lúcia é relatora do Mandado de Injunção impetrado há mais de três anos pelo Sintrajud e pela Fenajufe, e até o presente momento não houve apreciação.
No final do evento o Sintrajud vai formar uma comissão com representantes da categoria e da entidade para tentar uma reunião com a ministra.
A pressão vai continuar
A forte mobilização e paralisação entre os dias 28 de junho a 05 de junho, já mostrou que os servidores não estão dispostos a continuar mais um ano com os salários congelados. A categoria já mostrou sua força, e sabe que as eleições são seu instrumento de pressão, para por fim aos seis anos de congelamento salarial. Para dar continuidade as mobilizações pelo PCS-4, todos os servidores devem participar do ato para exigir da presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, principal responsável pelo pleito eleitoral, o fim do congelamento salarial.