BRASÍLIA – 26/10/11 – Seguindo a orientação da Fenajufe, os sindicatos de base trouxeram delegações esta quarta-feira (26) para pressionar os membros da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados a votar o PL 6613/09. O projeto entrou na pauta da sessão de hoje, mas foi retirado a partir de um requerimento apresentado pelo deputado João Dado (PDT-SP).
Embora tenham vindo com a intenção de acompanhar a sessão da CFT, centenas de servidores que faziam parte das delegações foram barrados do lado de fora da Câmara, ficando toda a parte da manhã na porta do Anexo II. A estimativa de lideranças da categoria é que pelo menos 400 servidores estiveram hoje na Casa, vindos de vários estados do país. Destes, em torno 150 ficaram do lado de fora. Aproximadamente 50 ficaram no corredor das comissões, tentando entrar no plenário 4 para acompanhar a sessão. Por ordem do presidente da CFT, deputado Cláudio Puty, apenas 50 pessoas puderam entrar para assistir a votação do PL 6613/09.
Para o servidor da Justiça Federal de São Paulo e diretor do Sintrajud-SP, Erlon Sampaio de Almeida, que ficou toda a manhã na porta do Anexo II da Câmara, a orientação, provavelmente vinda da direção da Casa, foi um gesto anti-democrático, que há muito tempo não se via no Parlamento. “Atitude como esta só gera mais indignação na categoria, fazendo com que a pressão aumente ainda mais”, afirma Erlon.
Flávio Vietta Filho, servidor do TRT do Maranhão e representante do Comando Estadual de Greve, avalia que “a postura da administração da Câmara mostra que ela está amarrada ao Executivo, em não permitir a participação da sociedade em demandas pertinentes a esta”. O servidor conseguiu entrar no prédio, mas foi impedido de entrar no plenário 4, onde ocorria a sessão da CFT. “Estamos num momento de mostrar força e precisamos da participação da categoria. A conjuntura mostra que o Judiciário está sendo colocado de lado, então não são somente os servidores que devem assumir a posição de defesa do Judiciário, como também os magistrados. Para isso, a greve precisa aumentar em todo o país”, avalia Flávio.
Da Fenajufe – Leonor Costa