– Rio faz passeata histórica em defesa de bombeiros e serviços públicos

A Rio vestiu vermelho para defender os bombeiros e repudiar o que os manifestantes chamaram de ditadura do governador Sérgio Cabral Filho, no maior protesto no estado desde os atos que derrubaram o presidente Fernando Collor, quase 20 anos atrás. A passeata que percorreu a orla de Copacabana, na Zona Sul carioca, defendeu também os serviços públicos e os servidores. Categorias organizadas, como trabalhadores da educação estadual, em greve, da saúde e policiais civis e militares participaram e ajudaram a organizar o protesto.

Dezenas de milhares de pessoas tingiram a avenida Atlântica de vermelho. A dimensão do ato, que em alguns momentos se estendeu por mais de dois quilômetros e durou cerca de seis horas, torna difícil avaliar quantas pessoas aderiram. Muita gente esteve na manifestação por algum período mas a deixou antes dela ser concluída, no final da praia de Copacabana. As avaliações oscilam entre 30 mil pessoas. Pelo o que a reportagem pode apurar, é razoável falar entre 50 e 60 mil pessoas.

Greve e defesa dos serviços públicos

Milhares de adesivos com os dizeres Somos Todos Bombeiros, feitos pela central coordenadora do protesto, foram distribuídos e eram vistos colados ao peito dos manifestantes. Outros milhares de adesivos de apoio à luta pela anistia a todos os bombeiros, de ESTAMOS EM GREVE. Até a estátua do escritor Carlos Drummond de Andrade ganhou a fita e o adesivo. No ato de encerramento, no Posto 6, o cabo Benevenuto Daciolo, um dos líderes do movimento, disse que a categoria vai voltar ao trabalho, está disposta a dialogar com o governador, mas manterá as mobilizações – um novo protesto está convocado para quinta-feira (16).

 

Fonte: Fenajufe