O tempo esfriou no Rio, mas a temperatura em frente ao Tribunal Regional do Trabalho [TRT] da rua do Lavradio chegou a 40º graus nesta terça-feira, 1º de junho. Cerca de 500 servidores munidos de apitos, cornetas e adesivos “Agora é Greve” colados no peito, estiveram no ato público do Dia Nacional de Luta realizado em frente ao prédio do TRT. A direção do Sisejufe estima que 80% do efetivo do Foro da Lavradio tenha aderido à greve nesta terça-feira, 1º de junho – muitos servidores dos outros locais de trabalho do Judiciário Federal no Rio também estiveram presentes.
Na avaliação do sindicato, o dia é um marco na história de luta dos servidores do Rio pela aprovação da PL 6613. O TRT da Lavradio atendeu ao chamado do sindicato com piquetes começando às 6h da manhã. Até as 10h, o movimento foi crescendo e, quando já havia mais de cem servidores mobilizados, houve um “arrastão” que chegou a ter 140 participantes. Passando de cartório em cartório, foi possível conseguir a adesão de 90% das varas, com 80% de participação do quadro de servidores daquele foro.
A forte participação e o crescimento da adesão da categoria foram destacadas pelo diretor sindical Roberto Ponciano. Ele recordou que, há uma semana, na quarta-feira, aconteceu o pior dia da greve no TRT da Lavradio. O piquete ficou reduzido a apenas 10 servidores e houve até um grupo que passou em frente ao prédio caçoando dos grevistas. Ao contrário do esperado, o episódio serviu de estímulo. Com arrastões diários e matinais, os grevistas foram conscientizando outros servidores e o resultado apareceu nesta terça-feira. “Desde às 6h da manhã estamos aqui no piquete. Fizemos o maior arrastão da história do Sisejufe, com a participação de 140 servidores. O TRT parou hoje. Ninguém poderia acreditar nisso na semana passada. Mostramos que é possível. Greve é trabalho e muita mobilização. Não vamos recuar”, disse Ponciano.
No final do ato público, Ponciano exortou os grevista a manter as greves nos locais onde ela já está forte e a retomar e ampliar a mobilização onde houve recuo. “Não podemos parar o movimento no meio. Tudo o que conseguimos até agora, em termos de negociação, foi por causa da greve. Mas ainda não conquistamos o nosso principal objetivo: o PCS. Essa greve só termina quando ele for alcançado”, disse Ponciano.
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Fonte: Sisejufe-RJ