Nem o tempo fechado em Belo Horizonte impediu que cerca de 450 servidores comparecessem ao ato desta quinta-feira [20], em frente ao TRT da avenida Getúlio Vargas, no bairro Funcionários. Mais uma vez, os servidores vestiram camisas, coletes, tarjas pretas e empunharam bandeiras em mais um dia de greve em defesa da aprovação da revisão salarial [PL 6613/09]. Os participantes também foram alertados para que não se esqueçam de que a luta não é somente pela aprovação da revisão salarial, mas também contra diversos projetos que ameaçam os direitos dos servidores.
Alexandre Brandi, presidente do Sitraemg-MG, iniciou o ato lembrando justamente destes projetos. Ele citou o PLP 549/09 e alertou para o fato de que ele ter sido rejeitado na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público [Ctasp] não significa que ele “morreu” – ele ainda será apreciado por mais duas comissões, a de Finanças e Tributação e a de Constituição e Justiça. Por isso, a vigilância ainda é necessária.
Represálias X Apoio
A diretoria do Sitraemg reuniu-se com as administrações de todos os tribunais para comunicar sobre a greve e obteve, de todas, garantias que não haveria represálias. No entanto, o diretor jurídico Fernando Neves denunciou que, no prédio do TRT da rua Mato Grosso, em Belo Horizonte, os cartazes que informavam da greve foram arrancados. Ele fez um apelo para que não retirassem os cartazes, pois a greve já é uma realidade reconhecida pelos tribunais e garantida por lei.
Neves também falou sobre o calendário de correições do TRT, que preveem visitas durante o movimento. “Faço um pedido à Corregedoria do tribunal para que suspenda as correições durante a greve. Precisamos da adesão do máximo possível de servidores, pois quanto mais forte o movimento, mais rápido o plano será aprovado, e mais rápido os trabalhos serão normalizados”, explicou o diretor, acrescentando que cada vara que aderir causará um “efeito dominó”, encorajando mais VTs e construindo a greve.
O diretor do sindicato também falou sobre o reconhecimento da greve pela administração da Justiça Federal, que, no início da semana, enviou ofício ao Sitraemg declarando que “o direito de greve será respeitado por esta Diretoria do Foro nos termos do decidido pelo Supremo Tribunal Federal”. Fernando Neves utilizou-se disso para, novamente, incentivar os colegas a aderirem sem medo ao movimento: “se a própria administração [da Justiça Federal] reconhece a legitimidade da greve e afirma que a respeitará, então porque não fazê-la?”, questionou, levantando aplausos.
É preciso aderir
Encerrando o ato, o presidente do Sitraegm informou as cidades que também realizaram atos ontem – Juiz de Fora e Uberlândia – e as que já estão em greve, 12, no total: Diamantina, Montes Claros, Pium-í, Tombos, Uberaba, Teófilo Otoni, Rio Piracicaba, Poços de Caldas [2ª VT], Três Corações, Contagem, Uberaba e Nanuque. Além deles, na capital, a Turma recursal / DSR do TRT [rua Goitacazes] também aderiu à paralisação, assim como 35 oficiais de justiça da Justiça Federal.
Nesta sexta-feira [21], a categoria participa de uma grande passeata, que sairá da porta do TRE [avenida Prudente de Morais, 100], às 13h, em direção à Justiça Federal [avenida Álvares Cabral, 1805].
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Fonte: Sitraemg-MG