A mobilização da greve começa cedo no Rio de Janeiro. Servidores, diretores do Sisejufe-RJ e ativistas sindicais pararam as atividades do Tribunal Regional do Trabalho [TRT] da rua do Lavradio a partir das 8h, desta terça-feira [11]. Ao longo da manhã, divididos em grupos, funcionários e dirigentes sindicais fizeram arrastões pelos setores do tribunal. A insistência surtiu efeito. Mais de cem servidores cruzaram os braços e participaram da paralisação diante do prédio do TRT. Ao fim dia, as listagens de ponto paralelo do sindicato tinham registrado 554 assinaturas. Muitos diretores sindicais, no entanto, ressalvam que diversos servidores não assinaram por receio de retaliações.
“Foi muito importante realizarmos os arrastões pela manhã no TRT. Por onde passamos quem não aderia ficava envergonhado de não aderir”, explicou Roberto Ponciano, diretor do Sisejufe. Segundo o diretor, as 2ª e 3ª Varas fecharam totalmente. “Em 80% dos setores, pelo menos um ou dois servidores desceram do prédio e participaram da mobilização”, informou Ponciano.
Do dia 6 até esta terça, 11 de maio, a mobilização cresceu no TRF da rua do Acre e no Foro da Justiça Federal da avenida Venezuela. As assembleias que ocorreram no final da tarde diante dos dois locais de trabalho ratificaram a continuidade do movimento grevista até que seja votado o PL 6613. O Sisejufe enviou cinco representantes à Brasília para integrar o grupo de pressão aos parlamentares pela aprovação do PCS. Dos cinco integrantes da delegação do Rio, quatro foram eleitos em assembleia realizada diante do Foro da JF da avenida Venezuela.
Os servidores do TRE também mostraram força nesta terça-feira. A mobilização foi grande e demonstrou que eles não estão dispostos a ficar apenas esperando a tramitação do PL 6613. Reunidos em frente do TRE, em assembleia, os servidores também ratificaram a necessidade da greve como instrumento político para pressionar o Parlamento a aprovar o PCS4.
Os servidores da Seção Judiciária, na avenida Rio Branco, decidiram por unanimidade a permanência da categoria na greve em assembleia realizada às 17h30. “O presidente do STF disse que ele apoia a categoria, mas ressaltou que se entrarmos em greve, ele sai da mesa de negociação. Não podemos concordar com esse comportamento”, rechaçou o diretor sindical Valter Nogueira Alves, que é também coordenador executivo da Fenajufe.
O movimento grevista no Rio segue por tempo indeterminado, com avaliações diárias nos locais de trabalho.
Fonte: Sisejufe-RJ