Por Marcela Cornelli
O senador Paulo Paim (PT-RS) anunciou ontem que vai lutar pela votação, em Plenário, da proposta paralela (PEC nº 77), antes que seja votada em segundo turno a proposta que contém o corpo principal da reforma da Previdência Social (PEC nº 67), já aprovada pelo Senado em primeiro turno.
A emenda paralela contém dispositivos destinados a amenizar os efeitos da reforma da Previdência sobre aposentadorias e pensões, observou o senador.
Paim lembrou a promessa do governo de acelerar a tramitação da PEC paralela. Caso o acordo, do qual participaram Paim e senadores do PMDB, não seja cumprido, o senador gaúcho prevê “um choque entre o Executivo e o Congresso”.
“A votação dessa proposta de emenda constitucional é um ponto de honra”, advertiu em aparte o senador Ramez Tebet (PMDB-MS).
Já o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) disse que, se o governo federal não cumprir sua palavra, estará “traindo a nação”. E o senador Eurípedes Camargo (PT-DF) recomendou ao Executivo que não faça dos parlamentares “objeto de brincadeira”.
A PEC Paralela já foi votada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, onde o relator, senador Tião Viana (PT-AC), acolheu uma emenda que garantiria paridade aos aposentados. Segundo Paim, seria muito positivo que, como resultado de um acordo de líderes, a PEC Paralela fosse votada na CCJ já nesta quarta-feira (3/12).
“Eu ainda não estou cobrando. Estou lembrando os compromissos assumidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para mim, o acordo não é o do papel, mas o do fio do bigode”, disse o senador.
Em reforço às palavras de Paulo Paim, o senador Heráclito Fortes (PFL-PI) chegou a dizer que, se o acordo não for cumprido, o parlamentar petista “estará livre para fazer o que quiser de sua vida política e partidária”. A sustentação do acordo com base na honra também foi o ponto principal do aparte do senador Mão Santa (PMDB-PI).
Da Redação com informações da Agência Senado