As assembleias realizadas nos vários Estados avaliaram a proposta de revisão salarial aprovada pelo Supremo Tribunal Federal na última quarta-feira [02] e definiram suspender a greve da categoria. A maioria, no entanto, após o amplo debate, decidiu manter o estado de greve até que a proposta seja protocolizada no Congresso Nacional e comece a tramitar de imediato. Vários Estados, inclusive, marcaram novas assembleias para esta semana com o objetivo de avaliar o cenário e já sinalizam com a possibilidade de retomar o movimento grevista, caso o Supremo ainda não tenha enviada o projeto para a Câmara dos Deputados.
Com os resultados das assembleias, a coordenadora da Fenajufe Lúcia Bernardes avalia que os sindicatos acompanharam a orientação do Comando Nacional de Greve de avaliar com a categoria os desdobramentos dos trabalhos dessa semana e o conteúdo da proposta. Ela destaca a necessidade de todos se manterem mobilizados, uma vez que essa foi apenas a primeira vitória de uma série de desafios que ainda virá no próximo ano. [Confira na página da Fenajufe o quadro com o resultado das assembleias nos Estados].
Durante reunião na noite da quarta-feira [02], logo após a sessão do STF, o Comando Nacional de Greve avaliou que a aprovação da proposta pelos ministros do Supremo é resultado da pressão da greve nacional e da atuação, durante as últimas semanas, do Comando de Greve, o que representa uma vitória da categoria. De acordo com os dirigentes sindicais, o texto final da proposta, apesar de não contemplar integralmente às reivindicações dos servidores, traz alguns avanços considerados importantes pela Fenajufe e pelos seus sindicatos de base.
Na tarde de sexta-feira [04], o diretor de Recursos Humanos do STF, Amarildo Vieira de Oliveira, informou aos integrantes do Comando de Greve que ainda está elaborando a justificativa da proposta e que o presidente, ministro Gilmar Mendes, deve assinar o projeto final até a próxima quarta-feira [09]. De acordo com Amarildo, até o final da próxima semana o Supremo enviará à matéria ao Legislativo.
Nesse sentido, os coordenadores da Fenajufe alertam que a categoria só terá garantia do resultado final depois que a proposta for finalmente enviada ao Legislativo. Também mantém a orientação para que os sindicatos procurem as administrações dos tribunais para resolver a questão dos dias parados e não permitir que os servidores saiam prejudicados.
Da Fenajufe – Leonor Costa