Os servidores de São Paulo decidiram nessa quinta-feira [03] encerrar a greve que teve início no dia 18 de novembro na Baixada Santista e depois se estendeu para todo o Estado. A decisão ocorreu após o STF ter votado na noite de quarta-feira o projeto de revisão salarial que será enviado ao Congresso Nacional. Foram 16 dias de greve, antecedidos de intensa mobilização para garantir o envio de um projeto que não retirasse direitos dos servidores.
De acordo com o Sintrajud-SP, na assembleia foram apresentadas duas propostas. A primeira, defendida pelo diretor de base do Sintrajud e coordenador da Fenajufe, Claudio Klein, e o diretor de base Dalmo Duarte, que era pelo fim da greve e manutenção do estado de alerta até que o projeto fosse enviado ao Congresso. A segunda proposta foi defendida pelo diretor de base do Sintrajud Adilson do Santos e pelo servidor do TRT-2 Cesar Augusto Basagni, para que a greve continuasse até que o projeto chegasse ao Congresso Nacional. Por maioria, ganhou a proposta de retorno imediato ao trabalho e continuidade da mobilização.
Mesmo com o fim da greve, os servidores permanecerão em estado de greve para evitar qualquer retaliação aos grevistas, além de manter a pressão para que o projeto seja, de fato, enviado, imediatamente, ao Congresso Nacional. Nova assembleia será realizada na próxima semana, caso haja retaliação ou o projeto não seja enviado.
O diretor do Sintrajud e da Fenajufe, Antonio dos Anjos Melquiades, o Melqui, continua em Brasília para acompanhar o envio do projeto.
Para Claudio Klein, a proposta aprovada pelo STF representa uma vitória da categoria, que foi à luta na defesa dos seus direitos. “A proposta não era o que estávamos defendendo, mas apresenta pontos positivos e, principalmente, afasta de vez ameaças presentes no projeto inicial do STF”, disse Klein.
Ele ressaltou também que não há qualquer referência a m’etas de produtividade e será mantida a atual proporção de dois terços da remuneração composta de vencimento básico e um terço de gratificação.
Compensação dos dias
O Sintrajud informa que também está conversando com as administrações para definir como será feita a compensação dos dias parados.
A diretora do Sintrajud e servidora do JT/Barra Funda Leica Silva conversou hoje com presidente do TRT-2, Décio Daidone, para discutir a compensação dos dias. Segundo Leica, ele informou que pretende garantir a compensação da “maneira menos agressiva possível”.
Na JF/TRF, o diretor do Sintrajud Cleber Aguiar também conversou com a presidente do tribunal, desembargadora Marli Ferreira, nesta quinta-feira. A desembargadora disse que vai estudar uma proposta de compensação e que discutirá novamente com o sindicato.
“É importante manter a mobilização. Vamos buscar negociar com as administrações para que nenhum servidor seja prejudicado”, disse Leica.
Fonte: Sintrajud-SP