A FGV cada vez mais se alastra nas estruturas do Judiciário, como revela notícia da Folha de S.Paulo:
A Fundação Getulio Vargas venceu licitação de R$ 3,2 milhões realizada pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para consultoria na implantação de um modelo de gestão estratégica e controle administrativo do Poder Judiciário. A concorrência está em fase de recurso.
O programa será coordenado pelo CNJ e alcançará as 91 cortes do país -incluindo o Supremo Tribunal Federal, o Superior Tribunal de Justiça, os tribunais superiores (Eleitoral, Militar e do Trabalho); os tribunais estaduais, os tribunais militares e os regionais (federais, eleitorais e do Trabalho), além de três conselhos de Justiça –entre os quais o CNJ.
A ideia é nivelar a atuação dos tribunais na área administrativa, com indicadores de desempenho a partir de metas que foram definidas em cada tribunal, e criar projetos para o cumprimento dessas metas.
Além da FGV, quatro empresas disputaram a licitação de R$ 3,2 milhões (valor máximo fixado): GYC Consultoria; Instituto Publix; Key Consultoria e Treinamento e Symnetics Consultoria Empresarial.
O trabalho foi previsto para 15 semanas, permitindo a primeira reunião de avaliação estratégica do Judiciário ainda em dezembro. Como algumas licitantes recorreram, o cronograma talvez não seja mantido.
O CNJ não prevê resistências dos tribunais. “Ao contrário, tenho sentido uma receptividade muito grande. Os tribunais aprovaram eles mesmos as suas metas em dois encontros nacionais e 12 encontros regionais”, diz Rubens Curado, secretário-geral do conselho. “Haverá um alinhamento nacional, mas cada tribunal vai guardar sua especificidade.”
O projeto de modernização do Judiciário defendido pelo ministro Gilmar Mendes, presidente do CNJ e do STF, pretende aperfeiçoar os instrumentos de tecnologia da informação e qualidade total, ampliar o acesso à Justiça e aprimorar a comunicação interna e externa, valorizando o corpo funcional.
A necessidade de um sistema integrado de gestão foi reconhecida em Encontro Nacional, em agosto de 2008, em Brasília, e reafirmada em fevereiro último, no 2º Encontro Nacional do Judiciário, em Belo Horizonte, quando todos os tribunais apresentaram seus problemas e projetos para superá-los.
O CNJ adotará a metodologia conhecida como Balanced Scorecard (BSC), adotada e recomendada pelo TCU (Tribunal de Contas da União) ao Ministério do Planejamento, ao CNJ e ao CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público).
Trata-se de tecnologia criada pelos professores Robert Kaplan e David Norton, da Harvard Business School, dos Estados Unidos, usada em organizações com problemas de comunicação e planejamento.
NomeOrigem – (“BOL – FolhaOnline – Brasil”)