Esta é uma semana de lutas na UFSC. Na quarta, dia 17 de junho, conforme decisão de Assembléia Geral, os trabalhadores técnico-administrativos param as atividades por 24 horas e realizam ato público no Hospital Universitário, a partir das 8h30min.
Na quinta, dia 18, acontece ato na Esquina Democrática e no Ticen, para lançamento da campanha “O povo em luta faz a lei”, em defesa do serviço público em Santa Catarina.
Desastre à vista
Quarta-feira, 17 de junho, é dia nacional de lutas, com caravana a Brasília. A ida de caravaneiros à manifestação nacional e a paralisação na UFSC são ações, decididas em AG, para defender o serviço público e buscar impedir a aprovação do projeto de lei que cria as fundações estatais de direito privado (PLP-092).
Essas fundações, um perigo para todo o serviço público, estão cada vez mais perto do nosso Hospital Universitário e todos os demais HUs. Por isso, neste dia de paralisação, quarta-feira, acontece um ato, a partir das 8h30min, na frente do Hospital Universitário. A manifestação é para dialogar com a comunidade, alertando para os riscos que corre de perder o atendimento 100% SUS, hoje garantido no HU.
Parar o estrago
Esses dois dias de luta estão intimamente ligados, pois unem as forças, aqui no Estado, e em todo o país. Nacionalmente, a luta é contra um projeto de lei, PLP-092, do governo Lula, que representa um risco iminente para todo o serviço público.
Em Santa Catarina, a luta para anular uma lei já aprovada pelo governo Luiz Henrique, que criou as nefastas Organizações Sociais (OS’s), já responsáveis pela privatização do Hemosc, do Cepon e do Hospital Infantil de Joinville.
O povo em luta faz a lei
Quinta, dia 18, o ato acontece durante o dia inteiro, na Esquina Democrática (entre o Calçadão da XV e rua Deodoro) e também em frente ao Ticen. A manifestação é para marcar o lançamento estadual da Campanha “O povo em luta faz a lei”, organizada pelo Movimento Unificado contra a Privatização (Mucap), do qual o Sintufsc faz parte.
A campanha visa coletar milhares de assinaturas para apresentação de um projeto de lei de iniciativa popular, com a finalidade de derrubar a lei das OS’s, um estrago para o serviço público em Santa Catarina. O governo estadual se utiliza dessa lei para tirar o corpo fora de sua responsabilidade, entregando o patrimônio do povo para o lucro de grupos privados, como já fez com o Hemosc e Cepon.
Para apresentar esse projeto de lei popular, é preciso atingir o percentual de 1% de eleitores em pelo menos 20 municípios de Santa Catarina, índice exigido para o povo apresentar um projeto de lei na Assembléia Legislativa.
Lutar com arte
Nesta quinta, portanto, trabalhadores e estudantes devem estar o dia todo na Esquina Democrática e no Ticen, coletando assinaturas e dialogando com a comunidade. A programação inclui, às 12h30min, na Esquina Democrática, uma apresentação do Teatro Jabuti, que atua junto com o Mucap, e conta como está se dando a privatização e a possibilidade de o povo resistir a ela.
Às 17h, a o grupo de teatro da Brigada Mitiko também mostra, numa encenação, na Esquina Democrática, a resistência do povo contra o avanço do agro-negócio. Durante o ato, com coleta de assinaturas, vão ser entregues panfletos e a cartilha do Mucap, que esclarecem as pessoas sobre a importância de lutar para garantir um serviço público humanizado e de qualidade.