Dentre os ataques ao serviço público promovido pelo governo de Michel Temer, os servidores federais são a bola da vez. Além da Emenda 95/2016 (Emenda da Morte) que congela investimentos nos serviços públicos por 20 anos, das declarações de Temer e do presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, sobre enxugar os “gastos” e promover o Estado mínimo, somado à destruição da Previdência Social, na última semana o governo Temer ainda sancionou o Plano de Demissão Voluntária dos servidores no Poder Executivo Federal.
Para traçar as ações de defesa a esses ataques, o Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais) se reúne nesses dias 4, 5 e 6 de agosto em Brasília. O Sintrajusc será representado por Paulo Koinski que vê essa reunião como um momento importantíssimo pois reúne centrais, federações como a Fenajufe e entidades sindicais a pensarem unidas sobre o futuro dos trabalhadores no serviço público federal.
De acordo com o técnico de planejamento e pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Antonio Lassance, os percentuais de servidores da ativa são baixos em relação à população total do país. “São 3,20% de servidores municipais, 1,58% de estaduais e 0,35% de federais”. “Somados, indicam que, de cada 100 brasileiros, apenas 5,13 se ocupam atualmente do serviço público. Se considerados em proporção da força de trabalho do país, esse percentual fica entre 11% e 12%”, completa.
Estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) de 2010 mostra que os gastos no Brasil com os servidores são baixos em comparação com os países-membros da OCDE, que são de 22% em média. Mesmo as despesas com pessoal da União apresentam trajetória de queda ao longo do tempo, “abaixo do limite máximo de 50% da receita corrente líquida estabelecido pela LRF”.
Com informações de Rede Brasil Atual