Ninguém decide nada e cidade amanhece sem ônibus

Os trabalhadores do transporte estão reunidos desde 13h30min desta quinta-feira, dia 3/7, no gabinete do prefeito Dário Berger, para chegar a uma solução para a Campanha Salarial. O prefeito disse que enviou projeto de Lei para a Câmara de Vereadores de Florianópolis dois dias após a reunião realizada com os trabalhadores, no dia 18 de junho. O documento foi protocolado na Câmara no dia 26 de junho, mas só chegou às mãos dos vereadores na segunda-feira, dia 30.

 
No entanto, os vereadores só decidiram discutir a aprovação do Projeto de Lei – que garante subsídio para os patrões cumprirem o acordo com os trabalhadores – nesta quarta-feira, após a decisão pela paralisação.
 
Em resumo, os patrões jogaram a culpa no prefeito, que por sua vez colocou a culpa nos vereadores. Enquanto isso, os trabalhadores e a população estão sem o Transporte Público.
 
Prefeito descumpre acordo e provoca Greve
 
Desde o dia 18 de junho foi acertada uma proposta entre os trabalhadores, a prefeitura e as empresas do transporte público pela qual foi concedido à categoria 8% de aumento. No entanto, no final da tarde de terça-feira, dia 1 de julho, na data de assinatura da Convenção Coletiva, os patrões romperam com o Acordo.
 
Qual foi a proposta negociada com os trabalhadores: 
 
– reajuste salarial baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais 2,1% (que chega a 8% de aumento) e R$ 275,00 de vale-alimentação (R$ 235,00 para quem trabalha na garagem).
 
– criação em duas semanas de um grupo para estudar as outras reivindicações dos trabalhadores, como uma faixa exclusiva para ônibus em horários de pico.
 
– participam das reuniões a Secretaria de Transportes da Capital, o Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis e a Diretoria do Sintraturb.
 
As empresas colocaram que não poderiam pagar o reajuste salarial de maneira integral para os trabalhadores porque dependem do subsídio da prefeitura, que não tem previsão de liberação.
 
Fonte: Sintraturb