Por Marcela Cornelli
Os servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis estão em greve por tempo indeterminado desde o dia 5 de novembro. A greve atinge 17 Estados e dois centros de pesquisa.
A paralisação foi motivada pela quebra do compromisso do governo federal, envolvendo tanto a direção do IBAMA, como os ministérios do Meio Ambiente e do Planejamento, com os servidores do Instituto.
O compromisso previa o envio de Projeto de Lei ao Congresso Nacional, em caráter de urgência-urgentíssima, que atendia as principais reivindicações dos servidores em relação ao enquadramento na carreira de especialista em meio-ambiente.
As principais reivindicações dos servidores do IBAMA que estariam contidas no PL são: reenquadramento dos servidores ativos a partir de 1º de outubro de 2003, considerando o tempo de serviço conforme o relatório do Grupo de Trabalho Interministerial; enquadramento dos servidores aposentados e pensionistas; enquadramento dos servidores de nível médio e auxiliar do Ministério do Meio-Ambiente.
O PL não foi enviado com este compromisso original e agora o governo ameaça enviar um PL que exclui os aposentados e pensionistas do enquadramento.
A greve tinha sido iniciada a partir de Brasília no dia 31 de outubro; em São Paulo os servidores também aderiram à paralisação. Mas diante da perspectiva do governo cumprir o acordo e enviar o PL até o dia 5, os servidores chegaram a suspender a paralisação e aguardar este prazo.
Quando ficou claro que o governo não cumpriria o compromisso, os servidores em assembléias estaduais decidiram retomar a greve por tempo indeterminado.
Os servidores do IBAMA que trabalham nas florestas nacionais estarão realizando assembléias nesta segunda- feira (10/11) para decidir a adesão ao movimento.
Os servidores do Centro de Pesquisa e Gestão e Recursos Pesqueiros Continentais (CEPTA) estarão realizando assembléia nesta terça (11/11), para deliberar sobre a greve.
Fonte: CUT Nacional