Na próxima quarta-feira, dia 23 de maio, os movimentos sociais farão manifestações por todo o país. Nesta mobilização, o esforço da construção do consenso deve ser valorizado pelos diversos atores sociais das diferentes matizes ideológicas, que trazem consigo a responsabilidade de apresentar para o os governos e a sociedade uma proposta de desenvolvimento com distribuição de renda sem o prejuízo dos direitos dos trabalhadores, já garantidos em lei.
por Plínio Marcos T. de Oliveira*
O dia 23 de maio, quarta- feira, será de manifestações e paralisações em todo o país.
Os movimentos sociais estarão nas ruas de forma unitária e massiva, contra as reformas que retiram direitos dos trabalhadores.
Haverá atos e manifestações em várias capitais, fechamento de rodovias, paralisações em fábricas e manifestações em universidades como a USP que está em greve de estudantes, servidores e com a ocupação da reitoria, por conta dos decretos do governador, que atentam contra a autonomia universitária. Unesp e Unicamp também se mobilizam.
No Rio de Janeiro haverá um ato unificado na Candelária a partir das 13h.
Em São Paulo, a CUT fará manifestação na Fiesp às 10h. A Apeoesp fará assembléia às 11h no Masp e às 14h está previsto um grande ato com todos os movimentos na avenida Paulista, em seguida descem sentido à Assembléia Legislativa, onde servidores estaduais se opõem a projeto relativo à previdência, apresentado pelo governo do estado.
Os metroviários farão assembléia dia 22/05, para discutir a paralisação do dia 23. Se o metrô parar, boa parte da cidade de São Paulo também pára.
Na região de Campinas, haverá paralisações em fábricas e fechamento de rodovias assim como no vale do Paraíba e na baixada santista.
O MST irá fechar rodovias, no interior de SP e em vários estados do Nordeste, e no Norte do país. Em Marabá, manifestação na Vale do Rio Doce. Haverá também manifestações em Caxias do Sul (RS), que recentemente parou 20 mil trabalhadores sindicalistas. No Paraná também tem ações programadas.
Em Belo Horizonte, haverá ato às 14h na Praça Sete. Em Salvador, Recife, Fortaleza, Belém e São Luiz também haverá manifestações.
A Conam (Confederação Nacional das Associações de Moradores) e os movimentos de moradia farão atividades na cidade de São Paulo.
A UNE a Ubes e os estudantes de uma forma geral farão parte destas atividades por todo o país.
O esforço da construção do consenso deve ser valorizado pelos diversos atores sociais das diferentes matizes ideológicas, que trazem consigo a responsabilidade de apresentar para o os governos e a sociedade uma proposta de desenvolvimento com distribuição de renda sem o prejuízo dos direitos dos trabalhadores, já garantidos em lei.
Este tem sido o desafio dos movimentos e entidades, que têm demonstrado uma maior maturidade política até o momento, construindo de forma conjunta uma plataforma comum para o dia 23 de maio.
Entre as várias entidades que participarão deste dia de lutas em defesa dos direitos dos trabalhadores estão as que vêm se reunindo com freqüência, com o objetivo de construir uma unidade de ação dos Movimentos Sociais em nível nacional, são elas: Conlutas, Intersindical, CUT, MST, Via Campesina, UNE, Ubes, CMS, Assembléia Popular, Marcha Mundial das Mulheres, pastorais sociais, Conam e ANPG.
Plínio Marcos T. de Oliveira – mestrando em Psicologia Social na PUC–SP e diretor de Movimentos Sociais da Associação Nacional dos Pós- Graduandos- ANPG
Fonte: Vermelho