As condições de trabalho são o principal motivo de encontrarmos vários trabalhadores adoecidos, lesionados e esquartejados nos tempos atuais. As várias forças do Movimento Sindical e Social realizaram três atos na capital catarinense para lembra do Dia Mundial em Memória das Vitimas de doenças e acidentes do Trabalho.
Na frente da FIESC (Federação da Indústria de Santa Catarina), as mais de mil pessoas, representantes do movimento sindical, associações de lesionados e outras organizações, balançaram bandeiras, gritaram slogans, e aplaudiram os seus representantes que relataram as condições difíceis de trabalho que são submetidos todos os dias, sendo entregue uma Carta de Reivindicações de todas as organizações para representes da Federação.
Para Liliana Piscki, metalúrgica e membro da Direção Executiva da CUT-SC, desabafou: “Nós trabalhadores e trabalhadoras somos forçados a trabalhar em locais impróprios para o trabalho exercendo longas jornadas e com ritmo acelerado de trabalho causando vários acidentes e aumentando o número de trabalhadores adoecidos. As empresas com o objetivo de garantir as altas taxas de lucratividade, impedem a organização dos trabalhadores através da CIPA, e quando constituída não deixam funcionar. Para piorar impedem e emissão da CAT, desqualificando as emitidas pelos trabalhadores. As empresas não demonstram nenhuma responsabilidade social para com os trabalhadores, não possuem nenhum programa voltado a Saúde do Trabalhador, garantindo a eles melhores condições de trabalho”.
Em seguida, as pessoas rumaram para o Centro de Florianópolis com os ônibus da caravana. No Centro caminharam até a Superintendência do INSS, onde trabalhadores e representantes da Nova Central, SDS e CUT explanaram as reivindicações.
Paulo Roberto Gonçalves, secretário Geral da CUT-SC, lembrou “Temos que fazer deste dia um dia de luto, em memória dos vários trabalhadores que adoeceram, foram lesionados e até mesmo morreram nos locais de trabalho, mas também um dia de luta por melhores condições de vida e trabalho, exigindo não somente do governo, mas também dos empresários – os principais culpados desta triste realidade que se enfrente a Saúde do Trabalhador – que melhorem as condições de vida e de trabalho, fazendo dos locais de trabalho mais humanos e com dignidade ao ser humano”. Representantes do INSS estiveram junto aos trabalhadores no Ato recebendo a Carta dos Movimentos presentes contendo uma relação de reivindicações ao INSS, a mesma carta será encaminhada ao Presidente da Republica.
Os trabalhadores continuaram a caminhada pelo centro de Florianópolis chamando a atenção da população que parava e recebia os materiais entregues pela mobilização, muitas vezes aplaudindo os trabalhadores que caminhavam.
A caminha terminou na frente do TICEN (Terminal Integrado do Centro) onde as pessoas caracterizadas realizaram uma encenação e as pessoas – representantes do movimento sindical, associações e CEREST – distribuíram o material para a população.
Marilene Rossoni, coordenadora do Coletivo Estadual de Saúde do Trabalhador da CUT-SC, avaliou: “As ações realizadas no dia de hoje, demonstram que os trabalhadores estão sendo massacrados sem ter nenhuma preocupação dos empresários, que estão preocupados com os lucros. O movimento sindical vem lutando para que os locais de trabalho sejam dignos e que atendam critérios garantindo a saúde dos trabalhadores. Somos seres humanos e não máquinas”.
Fonte: CUT-SC