A Central Única dos Trabalhadores, com o objetivo de manter o veto presidencial à emenda 3 na Super Receita vai reivindicar que a votação sobre o tema no Congresso Nacional seja aberto e nominal para que todos possam saber a posição dos parlamentares. A reivindicação será encaminhada formalmente às mesas diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, a partir desta terça-feira, 20 de março.
A CUT afirma que a emenda 3 vai contra direitos elementares dos trabalhadores. “Caso o veto seja derrubado, os empregadores terão ainda mais facilidades do que já encontram hoje para transformar seus funcionários em pessoas jurídicas e assim deixar de pagar 13º salário, férias remuneradas, FGTS, vale-transporte, vale-refeição e assistência médica. E, depois de eliminarem todos esses direitos trabalhistas, continuarem pagando os mesmos salários”, afirma o presidente da CUT nacional, Artur Henrique.
Em relação aos trabalhadores do campo, a central afirma que a emenda prejudicaria ainda mais a fiscalização sobre os latifundiários que exploram mão-de-obra como semelhante ao trabalho escravo.
Além de reivindicar que o voto sobre a emenda 3 – que deve ocorrer nos próximos 30 dias – seja aberto, a CUT vai mobilizar suas bases, desde já, para pressionar os parlamentares a votarem pela manutenção do veto. “Produziremos materiais informativos sobre as reais dimensões da ameaça representada pela emenda 3, como contraponto à campanha midiática em curso. Faremos igualmente corpo-a-corpo nos gabinetes de todos os parlamentares, especialmente dos 370 que já se manifestaram publicamente a favor desse ataque fulminante aos direitos dos trabalhadores”, afirma a diretoria da CUT.
Essa estratégia de atuação contra a emenda 3 foi definida nesta segunda-feira, dia 19, durante reunião da Executiva Nacional da CUT.
Fonte: Fenajufe, com Agência CUT