Servidores públicos federais acabam de marcar para o dia 15 de março o início da campanha salarial de 2007. Isso significa um período de tensão entre a categoria e o governo. Afinal, enquanto as entidades que representam o funcionalismo público têm uma extensa lista de reivindicações, inclusive de acordos firmados e não cumpridos que somam R$ 14 bilhões em recursos extras, o Palácio do Planalto quer aprovar, no Congresso Nacional, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que limita os gastos com pessoal. Diante deste cenário, a Coordenação Nacional de Entidades de Servidores Federais (CNESF) definiu os eixos centrais da campanha. São eles: política salarial com incorporação das gratificações; reposição salarial das perdas de 1995 a 2006; correção das distorções salariais; isonomia salarial com definição de piso; definição de data-base para o funcionalismo; isonomia de todos os benefícios; fim da terceirização com abertura de concursos públicos; paridade entre ativos e aposentados; e rejeição com retirada do PAC de todas as propostas que tratam da despesa de pessoal. Além disso, as entidades ligadas à CNESF vão trabalhar na construção de uma frente parlamentar em defesa do serviço público. Para aprimorar essa frente e ampliar o diálogo com a sociedade, os servidores vão buscar o apoio de entidades civis organizadas como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Fonte: Jornal de Brasília