Categorias representadas pela Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) se reúnem entre os dias 8 e 10 de dezembro em Curitiba (PR). Centenas de servidores estão sendo aguardados para participar da Plenária Estatutária da entidade. Serão três dias de debate sobre os principais desafios que a categoria deve enfrentar nos próximos quatro anos. A Condsef elegeu cinco prioridades do calendário de lutas dos 770 mil servidores que representa. Diretrizes de Plano de Carreira, paridade entre ativos e aposentados, combate às terceirizações, concursos públicos e negociações serão temas centrais nas discussões entre representantes do setor.
A Confederação espera que o próximo governo encare o serviço público como estratégico para o crescimento do país. Para a entidade, investimentos com servidores públicos e áreas sociais não devem ser considerados gastos. O presidente Lula declarou recentemente que o diálogo com os servidores públicos tende a continuar difícil em seu próximo mandato. Para a Condsef os desafios existem, mas se não forem superados poderão provocar uma piora na qualidade dos serviços públicos para a população que paga uma das maiores cargas tributárias do mundo.
O secretário-geral da Condsef, Josemilton Costa, disse a jornalistas que o governo pode enfrentar quatro anos de fortes greves caso não entenda que é necessário investir em melhores condições de trabalho, reestruturação de carreiras e no combate à terceirização. O respeito à Constituição dando mesmo tratamento a ativos e aposentados também será cobrado. Tudo, lembra o secretário-geral, deve ser feito por meio de negociações efetivas.
Para Costa, só trabalhando nessa linha, o governo terá condições de oferecer à população o serviço público de qualidade que merece. “Quatro anos podem ser suficientes para o avanço em todas essas direções, bastam trabalho e vontade política para que as decisões certas sejam tomadas”, disse.
Federais, Estaduais e Municipais
Durante a Plenária Estatutária, outros assuntos prometem ganhar destaque. Nesses três dias será debatida a provável ampliação da base de representação da Condsef. Caso a mudança seja aprovada, a Condsef deve representar, além dos federais, a luta por melhores condições de trabalho e reajustes justos para servidores estaduais e municipais.
Para dar embasamento teórico às discussões, as assessorias Política e Econômica da Confederação foram convocadas a promover palestras. Estão previstos debates sobre conjuntura e as possibilidades de luta contra a política de reajuste e Recursos Humanos defendida, atualmente, pelo governo.
Fonte: Condsef