O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou neste domingo (24/9) que a imprensa de seu país tem como principal objetivo destruir seu governo. Diante disso, ele se mostrou disposto a utilizar as mesmas armas de seus adversários para resistir à manipulação que vem sofrendo, indo ao rádio e à televisão estatal sempre que for necessário para contrapor as mentiras propagadas pela imprensa.
Segundo Morales, o governo sabe que os donos de alguns veículos de comunicação em massa também são latifundiários que foram afetados por sua Revolução Agrária, que começou a entregar terras ociosas a índios e camponeses.
O presidente explicou também que os grupos de comunicação privados desenvolvem uma ação política com meias verdades e mentiras dirigidas a desestabilizar sua administração para conseguir seus objetivos.
Morales acrescentou que, além de combater os opositores, os veículos estatais servirão também às organizações populares “para dizer nossa verdade, para educar e para informar”.
Parceria
Somente em 2006, o governo boliviano instalará 30 rádios comunitárias. Em seguida, haverá investimentos em pequenas emissoras de TV, graças a uma parceria com a Venezuela. “Eles querem nos destruir politicamente, nos querem destruir como governo e Assembléia Constituinte, querem destruir Evo Morales para que não haja Revolução Agrária”, insistiu.
Apesar dos ataque que tem sofrido, o presidente entende que o movimento político que assumiu o governo boliviano triunfará de qualquer maneira. “Digam o que disserem, façam o que façam, acusem o que acusem. Com Evo Morales ou sem Evo Morales, a Bolívia será libertada”, ressaltou.
Fonte: Agência Prensa Latina