O mundo continua reagindo ao massacre de libaneses e palestinos, que continuam sendo alvos do exército de Israel. Esta semana acontecerão várias manifestações em todo o planeta. Nesta quarta-feira ocorreram protestos no Paquistão, na Índia e em outros países da Ásia. Para o Brasil, estão programadas manifestações para quinta-feira, em Salvador, e no fim de semana, em São Paulo, justamente no dia 6 de agosto, data que marca a explosão em Hiroshima da primeira bomba atômica usada contra civis, pelos EUA, em 1945.
Em Salvador, estudantes, trabalhadores e ativistas fazem na quinta-feira, a partir das 10h, uma passeata pelas ruas do centro da cidade. O protesto percorrerá as ruas com faixas, carro de som e muitas palavras de ordem contra a agressão, que no último domingo, 30 de julho, estarreceu o mundo com o ataque contra a aldeia libanesa de Cana, que assassinou pelo menos 56 pessoas, entre elas 37 crianças.
No próximo domingo, 6 de agosto, milhares de pessoas devem ocupar a Praça Oswaldo Cruz, na cidade de São Paulo, a partir das 10 horas e protestar contra o massacre promovido pelo governo de Israel. A iniciativa, chamada Jornadas pela Paz, é organizada pelo Comitê de Solidariedade aos Povos Árabes, que reúne uma série de entidades da sociedade civil, incluindo as que representam a comunidade árabe em São Paulo e no Brasil.
Diante da agressão do governo de Israel ao Líbano, iniciada em 12 de julho, destruindo toda a infra-estrutura do país, deixando milhares de vítimas e tornando 25% da população desabrigada e exilada, foi formado o comitê, que já realizou uma primeira iniciativa: um grande ato público na Praça da Sé no dia 21 de julho, que reuniu aproximadamente 2 mil pessoas. Assim, os paulistas fazem coro às vozes que se erguem em todo o mundo e clamam pelo cessar-fogo imediato e incondicional e a reconstrução imediata do Líbano e Palestina, país cuja população vive sob ocupação militar israelense e sob constantes ataques.
Além disso, as manifestações pretendem chamar a atenção das autoridades nacionais para a tragédia na região e pressioná-las a tomar atitudes concretas contra as agressões e em favor da paz. Entre outras demandas, o comitê exige que o governo brasileiro:
1. Oponha-se publicamente ao massacre do povo palestino e libanês, o que inclusive causou a morte de brasileiros e seus familiares;
2. Não firme o Tratado de Livre Comércio entre Mercosul e Israel (há, inclusive, petição pela não-assinatura no endereço http://www.petitiononline.com/pal2006/petition.html);
3. Retire imediatamente o Embaixador do Brasil em Israel, sob forma de protesto.
Fonte: Portal Vermelho