Números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), coletados entre 2002 e 2006, mostram que o maior crescimento proporcional de eleitores ocorreu na faixa etária entre 16 e 17 anos, passando de 2,2 milhões, em outubro de 2002, para 3 milhões, em junho de 2006. O eleitorado jovem (a quem o voto é facultativo) subiu mais de 39,3% nos últimos quatro anos. No Distrito Federal, entretanto, o percentual praticamente não se alterou.
Enquanto no Rio de Janeiro, por exemplo, houve aumento de 63,6%. Para a socióloga Ana Luiza Souto, a proximidade com o poder federal pode ser um dos fatos que explicam a baixa participação dos jovens do DF em relação aos outros estados. “Uma hipótese para o baixo crescimento é a dúvida dos adolescentes sobre as eleições como forma de participação política”, argumenta. Luisa destaca que isso ocorre porque há uma identificação dos jovens apenas com a política partidária e com os escândalos que ocorrem no Congresso. “A juventude desconhece outros mecanismos de participação política que não seja apenas votar nas eleições”. Luisa Molina, 17 anos, integrante da organização não-governamental Interagir, que fomenta a participação política da juventude, faz avaliação semelhante. “Há uma parte da juventude que considera a política algo distante e até sujo”.
Fonte: Agência de Notícias dos Direitos da Infância