Mais de 50 mil pessoas são esperadas nesta quarta-feira (19/7) na Praça da Fé, em Manágua, na Nicarágua, para festejar o aniversário de 27 anos da Revolução Sandinista, triunfo da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN).
Neste ano, os festejos se darão em meio ao clima político-eleitoral que já toma conta do país. Dessa forma, os atos servirão para medir a popularidade do candidato a presidente pela FSLN, Daniel Ortega.
As eleições estão marcadas para o dia 5 de novembro. Além do novo presidente, a população escolherá os deputados para a Assembléia Nacional e para o Parlamento Centro-Americano.
Um pouco de história
Entrou para a história com o nome de Revolução Sandinista (ou Revolução Nicaragüense, para alguns) o processo que teve início em 1978, protagonizado pela FSLN, cuja denominação homenageava Augusto César Sandino, político revolucionário, morto em 1934.
Com amplo respaldo popular, a FSLN pôs fim em 19 de julho de 1979 à ditadura da família de Anastasio Somoza, expulsando do país seu filho Anastasio Somoza Debayle, conhecido por ser um governante extremamemente corrupto e conservador.
A partir do início da Revolução, deu-se início a um período de governos com perfil progressista, que priorizou tratar de problemas como a educação e a reforma agrária. Em meados dos anos 80, os Estados Unidos iniciaram um processo de financiamento às forças conservadoras no país, que culminou com a derrota da FSLN nas eleiçoes de 1990.
Desde então, a FSLN passou por um processo no qual algumas de suas lideranças se dividiram, apos uma série de desentendimentos internos. Atualmente ainda é um partido muito forte, com chances razoáveis de vencer as eleições de novembro, mas vê o crescimento de partidos como o Movimento de Renovação Sandinista (MRS).
Fonte: Vermelho, com agências