Servidores de 11 estados do País já deliberaram pela greve. Alguns estão parados desde ontem, como Brasília, São Paulo e Rio Grande do Sul. Várias assembléias estão acontecendo hoje. Até o final da tarde, deveremos ter um quadro completo. A Fenajufe acredita que entre amanhã e segunda-feira o patamar de 2002 deva ser alcançado, com greve na maioria dos estados. Em Florianópolis, numa assembléia altamente representativa, inúmeros setores do TRT manifestaram a determinação de entrar em greve. Entre os presentes estavam o protocolo processual, seguranças, motoristas, Asscom, vários gabinetes de juízes, mais de uma dezena de servidores da Seinfo. Todas as varas da Capital e de São José mandaram representantes. A decisão foi tomada com apenas um voto contrário e algumas abstenções.
Vários colegas veteranos comentavam que o clima lembra as grandes greves de 1996 e de 2002, que garantiram os PCSs 1 e 2. Como em outros anos, a greve está começando forte na Capital, e deve se estender para o interior, para onde estão seguindo comissões de mobilização a partir de hoje. Amanhã teremos assembléias de avaliação dos dois primeiros dias de greve, quando esperamos um quadro bastante ampliado em relação ao do primeiro dia. Na quarta-feira, 10, data em que ocorrerá nova reunião da Comissão de Finanças e Tributação, realizaremos mais uma assembléia de avaliação.
Caravanas de vários estados próximos a Brasília encontram-se na Capital Federal, juntamente com os servidores em greve do Distrito Federal, ocupando os gabinetes dos deputados e as comissões, tornando visível nosso movimento. Ontem, o presidente da CFT, deputado Moreira Franco (PMDB/RJ), queixou-se a dirigentes do Comando Nacional de Greve de que havia sido fortemente criticado em ato realizado por servidores do Judiciário Federal do Rio de Janeiro, sua base, e afirmou que quer colocar o projeto de lei do PCS em pauta na próxima reunião da Comissão, esperando que assim seja elogiado na próxima manifestação.
Fatos como esse é que temos de continuar criando todos os dias. Só assim provocaremos a pressão necessária para a aprovação do PCS. É a greve na rua em todo o País a única força capaz de fazer com que isso aconteça. A pressão feita até agora vem surtindo efeitos crescentes. A presidente do STF já se reuniu com o ministro do Planejamento e o presidente da Câmara, cobrando agilidade na tramitação do PL, mas por enquanto as conversas não passaram de declarações de boas intenções. Todos aqueles que ainda não se decidiram a entrar no movimento, a hora é agora! Estamos há 11 anos sem política salarial e a única coisa que tem minimamente mantido o poder aquisitivo de nossos salários são as greves que fazemos quase todos os anos. Mais uma vez, chegamos ao ponto em que nossas contas bancárias começam a estourar, e a única saída, como sempre fizemos, é a mobilização.