O Plano de Classificação de Cargos (PCC), divulgado na última quinta-feira pelo Ministério do Planejamento, revoltou servidores federais de todo o País, que desde o início do mês estão em greve. Em Santa Catarina, a categoria iniciou a semana anunciando adesões à greve em diversos órgãos. Quem ainda não optou pela paralisação está aguardando a decisão de assembléias.
No Oeste do Estado, a semana começou com o anúncio de paralisação entre os servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai). Segundo a coordenação do movimento, 15 dos 37 servidores do órgão aderiram à greve. Os grevistas atuam na sede da Superintendência Regional, em Chapecó, e em postos localizados dentro de aldeias indígenas nos municípios de Chapecó e Ipuaçu, em Santa Catarina, além de Nonoai (RS) e Palmas (PR). “As sucessivas gratificações oferecidas pelo governo estão nos deixando no prejuízo”, disse Pedro Padilha dos Anjos, servidor aposentado da Funai.
Outro órgão que já está discutindo a adesão ao movimento de greve em Chapecó é o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). De acordo com Valdecir Dal Puppo, coordenador regional do Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Santa Catarina (Sintrafesc), os funcionários do Incra estão em negociação adiantada pelo início da paralisação no órgão. “O governo assumiu um compromisso no ano passado e não cumpriu aquilo que prometeu. O desgaste agora será maior”, destacou Dal Puppo.
No Oeste do Estado, também estão parados servidores do Ministério da Fazenda, Ibama, Receita Federal e Advocacia Geral da União (AGU). Quem já sinalizou com a possibilidade de cruzar os braços são os fiscais agropecuários, responsáveis pela inspeção de produtos da agricultura que têm a exportação como destino. Também devem aderir ao movimento nas próximas semanas os servidores do INSS. “Mais órgãos devem ter parado ou iniciando a paralisação no Oeste. Ainda não temos dados exatos”, explicou o coordenador.
Fonte: A Notícia