Reunidos na última sexta-feira, 17 de fevereiro, servidores públicos federais da base da Condsef [Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal] aprovaram o indicativo de greve por tempo indeterminado a partir do dia 15 de março. O resultado da plenária nacional da entidade foi uma resposta à indefinição do governo em apresentar uma proposta de reajuste para os servidores do Plano de Classificação de Cargos [PCC]. Na semana passada, duas reuniões de negociação com o Ministério do Planejamento foram desmarcadas de última hora, pelos representantes do governo. A Secretaria de Recursos Humanos do MPOG resolveu não formalizar a proposta de reajuste aos servidores do PCC enquanto o Orçamento de 2006 não for aprovado.
Como resposta à atitude do governo, a categoria decidiu intensificar as mobilizações e preparar a greve por tempo indeterminado. Para isso, a partir desta semana, a Condsef, junto com representantes da CUT, percorrerá o Congresso Nacional para conseguir apoio dos parlamentares. As duas entidades também tentarão apresentar o problema diretamente ao presidente Luis Inácio Lula da Silva. A plenária setorial de sexta-feira aprovou realizar outro encontro dos servidores no dia 11 de março para ratificar o indicativo de greve.
De acordo com a proposta preliminar apresentada anteriormente, o governo cogita conceder um reajuste diferenciado para os servidores da ativa e os aposentados. Também pretende corrigir os salários dos servidores do PCC aumentando a Gratificação de Produtividade [GDATA]. Por isso, a entidade e os servidores, que sempre defenderam o reajuste linear em cima do salário base, e não baseado em gratificação, reagiram ao posicionamento do governo e reivindicaram que o Ministério do Planejamento apresente uma outra proposta.
Na plenária nacional, os servidores aprovaram uma pauta de reivindicações para a greve por tempo indeterminado, que inclui a gratificação fixa, além da GDATA, para ativos e aposentados, com os seguintes valores: R$ 250,00 para auxiliar, R$ 350,00 para o nível intermediário e de R$ 650,00 para os servidores de nível superior. A categoria também quer que o governo cumpra os acordos fechados em greves anteriores em vários órgãos do Executivo.
Fonte: Fenajufe (Leonor Costa)