Os servidores públicos federais acompanham o andamento da proposta orçamentária no Congresso Nacional para tentar garantir a inclusão de algum reajuste salarial este ano. Desde o final do ano passado o governo acena com reposição da inflação, e nada de reajuste, muito menos reajuste linear, briga histórica dos SPFs. As prioridades do governo são garantir verba no orçamento deste ano para o reajuste do salário mínimo, que vai a R$ 350,00, e o reajuste de 8% da tabela do Imposto de Renda.
A proposta para o orçamento encaminhada pelo Executivo era de R$ 350 bilhões. Com a reestimativa de mais R$ 15 bilhões feita pelo comitê de receitas da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), esse valor chega a R$ 365 bilhões. O relator-geral do Orçamento, deputado Carlito Merss (PT/SC), afirma que é com essa diferença que o governo pretende trabalhar para “atender a demanda do reajuste do funcionalismo”. Na verdade, o que o relator entende por “demanda do reajuste do funcionalismo” é a tal reposição da inflação, que no governo Lula chega a 29%. Traduzindo: não se fala novamente em reajuste para os SPFs, e já estamos chegando à fase final de aprovação do Orçamento. Como há espaço regimental entre a discussão e a votação, ainda cabe aquela pressão dos servidores para tentar incluir alguma emenda que permita recuperar o valor dos salários dos SPFs.
Com informações da Agência Diap