O ministro da Defesa da Bolívia, Walker San Miguel, confirmou ontem denúncias de um complô contra o presidente Evo Morales e envolveu empresas multinacionais e grupos políticos vinculados ao ex-presidente Jorge Quiroga na trama.
“Os indícios mostram que poderia existir um financiamento de algumas empresas multinacionais para um processo lento, paulatino, porém sistemático de desestabilização, o que já advertiu o presidente, mas são informes iniciais”, declarou San Miguel à emissora de rádio Fides. Ontem, o presidente Morales ratificou suas denúncias e disse que algumas empresas petroleiras estariam por trás dessas ações.
Segundo Morales, o complô contra ele teria sido denunciado há algumas semanas pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez. À época, o venezuelano envolveu a Embaixada dos Estados Unidos em La Paz. San Miguel declarou que as revelações de Morales não têm nada a ver com as denúncias feitas por Chávez. “Os informes foram recolhidos por organismos de inteligências (bolivianos) e em nenhum caso apontam os Estados Unidos”, afirmou o ministro da Defesa. Ele esclareceu que não há provas contundentes e que se trata de indícios.
De acordo com San Miguel tal complô tentaria debilitar o presidente, afirmar que se trata de uma liderança efêmera e circunstancial e que o mandatário não tem habilidade política para governar. O ministro envolveu os deputados do Poder Democrático e Social (Podemos) do ex-presidente Jorge Quiroga (2001-02) nas ações conspiradoras.
Fonte: Tribuna da Imprensa