Os servidores públicos federais devem reforçar nesta semana a pressão no Congresso Nacional com o objetivo de garantir recursos para o reajuste salarial. Nas contas das lideranças sindicais, o Orçamento Geral da União precisa destinar R$ 6 bilhões e não apenas R$ 5 bilhões como tinha informado o relator, deputado Carlito Merss [PT/SC].
Nas contas da subseção do Dieese, o valor apresentado pela Condsef representa 0,4% do orçamento da União, de R$ 1,68 trilhão, previsto na proposta encaminhada pelo governo ao Congresso Nacional.
Além de pressionar o Congresso para aumentar os recursos e atender ao servidor, representantes da Condsef se reúnem na quarta-feira [08] com o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, para tentar fechar uma proposta final para o funcionalismo público este ano.
Na próxima sexta-feira [10], os servidores se reúnem em plenária e podem definir por um indicativo de greve. A briga mais acirrada será para garantir uma correção salarial maior para os servidores do Plano de Classificação de Cargos. São cerca de 300 mil funcionários que trabalham nas áreas fim e meio do Executivo Federal.
A proposta do governo contempla os servidores do PCC da seguinte forma: com reajuste sobre a Gratificação de Desempenho de Atividade [Gdata], que oscila entre 2,9% a 41,7%. O valor reservado para atender a categoria [PCC] já chega a R$ 450 milhões. O Executivo já avisou que não será possível atender, de forma linear, os ativos e aposentados.
Para Lúcia Reis, primeira secretária da Executiva Nacional da CUT, “o momento de definição que antecede o coroamento desta grande batalha pelo Orçamento de 2006 necessita de cada um de nós ainda mais vigor, força e organização para garantir os tão preciosos recursos necessários à valorização dos serviços e dos servidores públicos, bem como fazer justiça aos aposentados brasileiros”.
A dirigente sindical informa que na semana passada, os servidores estiveram com o presidente da CUT, João Felício, debatendo com o relator do Orçamento a importância de incluir um volume superior de verbas, que possibilite cobrir o montante dos acordos fechados entre as diversas entidades do funcionalismo público federal e o governo, assim como aumentar dignamente o salário benefício dos aposentados e pensionistas.
“Nesses poucos dias que antecedem o bater do martelo, passa a ser determinante para que tenhamos uma solução satisfatória das nossas reivindicações, que não são apenas cobranças de atenção ao angustiante problema salarial dos servidores e dos aposentados, mas, acima de tudo, recursos que criem as condições para avançarmos nas negociações e melhorar as condições de serviço em todo o país”, afirma Lúcia.
Fonte: Fenajufe, com informações da Agência CUT