Os 26 anos da edição da Lei da Anistia, comemorados neste domingo, serviram para reflexões e exigências de duas ordens. A Lei de Anistia (6683/79) permitiu a libertação de presos políticos e autorizou o retorno de brasileiros exilados no exterior. Mas, se de um lado a anistia acelerou o processo de abertura democrática, por outro até hoje é utilizado como uma forma de “esquecimento do passado”. Na sessão do Senado Federal comemorativa aos 26 anos da lei, não faltaram críticas ao sigilo sobre os documentos produzidos durante o período militar. O senador Eduardo Suplicy (PT/SP) lembrou que esse sigilo impede “uma análise criteriosa dos crimes cometidos em nome da convencionada segurança do regime”.
Suplicy lembrou também que o retorno dos exilados coincidiu com a volta dos movimentos populares, que começavam a desafiar as proibições da Ditadura. Entre esses movimentos, o senador apontou a União Nacional do Estudantes (UNE) e o movimento sindical, do qual surgiram várias lideranças políticas, entre elas o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Com informações da Agência Senado