Ato contra a corrupção e a favor da ética na política foi realizado ontem por magistrados, promotores e procuradores de Justiça de todo o Brasil. O ato aconteceu no fim da manhã, em Brasília, na sede da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). Durante o ato, foi divulgada Carta Aberta à Nação. No manifesto, os participantes afirmam que o interesse público e a defesa do Estado Democrático de Direito devem preponderar sobre questões ideológicas.
O ato, segundo os manifestantes, não era contra nem a favor do governo, mas contra a corrupção e a banalização do crime eleitoral. Acordos para garantir a governabilidade foram negados veementemente pelos pagistrados e integrantes do MP. Em 30 dias, os magistrados se comprometem a encaminhar para o Congresso Nacional sugestões para o aprimoramento da Lei Eleitoral, para regulamentar melhor a prestação de contas dos partidos políticos, tornando o processo mais transparente, com maior fiscalização da justiça eleitoral. Em 60 dias, serão encaminhadas propostas para o aprimoramento das punições penais que possam coibir o abuso do poder econômico e a lavagem de dinheiro, no âmbito do Ministério Público.
A Carta aberta foi encaminhada à tarde aos presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Nelson Jobim, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos Velloso, da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti, e do Senado, Renan Calheiros, e ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza.
Fonte: Agência Brasil