Os servidores do INSS decidiram ontem (20/7), em assembléia, continuar a greve da categoria, que completa hoje 50 dias. Em São Paulo, 60% das agências estavam fechadas ontem. A proposta de pagar R$ 140 milhões (R$ 150 para cada funcionário) na forma de gratificação de produtividade foi rejeitada pela maioria dos grevistas.
Agora, segundo Miraci Astun, diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência Social de São Paulo (Sinsprev), a posição dos servidores de São Paulo será levada à plenária da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), que será hoje.
Procuradoria irá discutir greve do INSS
A Procuradoria da República no Distrito Federal instaurou procedimento administrativo para saber por que pelo menos 30% dos funcionários do Instituto Nacional de Previdência Social (INSS) não estão trabalhando. A procuradoria alega que os servidores não estão garantindo o serviço mínimo à população da capital do país.
Para discutir o assunto, o procurador da República no DF, Peterson Pereira, irá se reunir às 14h desta quinta-feira com o sindicato da categoria e as lideranças do movimento. Ele irá propor a assinatura de um Termo de Compromisso que garanta o funcionamento exigido por lei.
De acordo com a assessoria de imprensa da Procuradoria, Pereira avisou que se o termo não for aceito, “o Ministério Público Federal pode entrar com ação judicial contra a União para que a Justiça determine o restabelecimento do serviço público”.
Protestos em Brasília
Servidores da Saúde e do INSS organizaram um protesto no último dia 19 na agência do Banco Rural, no Brasília Shopping, apontada pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como local de distribuição do mensalão — a suposta mesada paga pelo PT a parlamentares em troca de apoio político ao governo. Em greve há 50 dias completados hoje, dia 21 de julho, os servidores aproveitaram o momento de crise política que vive o país para chamar a atenção para o movimento. A contraproposta apresentada pelo governo ficou muito aquém do pretendido.
Fonte: Diário Vermelho e Sindprevs/SC