Levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) mostra que os trabalhadores obtiveram reposição da inflação e mais um pequeno percentual de aumento real em oito de cada 10 acordos celebrados no primeiro semestre do ano. Conforme pesquisa do jornal Valor Econômico, em 26 categorias pesquisadas os ganhos reais variaram de 0,4% para os metalúrgicos de Blumenau (SC) a 3,4% na indústria de celulares e usinas de álcool.
A greve dos sapateiros de Franca, no interior paulista, levou à resposição de inflação medida pelo INPC, com aumento real de 2,14%. A greve durou 15 dias, em fevereiro. 21 mil trabalhadores foram beneficiados. Em Sapiranga, pólo calçadista gaúcho, os salários de 26 mil trabalhadores aumentaram 7,48%, 1,62% acima da inflação nos 12 meses anteriores à data-base, fevereiro – quando os efeitos da valorização do real apenas começavam.
Enquanto isso, os servidores públicos federais, que amargam mais de 10 anos sem reajuste salarial, vêem-se às voltas com descaso e desrespeito do governo federal, que teve a ousadia de propor 0,1% de reajuste. As perdas dos SPFs chegam a 18% só no governo Lula.
Com informações do jornal Valor Econômico