Os servidores públicos federais de Santa Catarina fazem o lançamento da campanha salarial unificada 2005 nesta quinta-feira, 14, às 14 horas, em frente ao INSS, no Centro. A proposta de aumento de 0,1% de reajuste feita pelo governo gerou indignação entre os servidores. Na prática, isso significa que o congelamento dos salários no serviço público continua. São mais de 68% de perdas desde a era FHC e 18% só no governo Lula. A coordenação estadual dos SPFs em Santa Catarina reuniu-se pela primeira vez em 2005 no dia 31 de março para discutir a campanha salarial unificada no estado. Os servidores ratificaram a pauta já aprovada pelos SPFs na última plenária. Os SPFs defendem a necessidade de definição de um índice de reajuste linear. O fortalecimento da CNESF e a articulação dos SPFs nos estados foram também decisões do encontro, além da necessidade da realização de debates em conjunto sobre as reformas universitária e sindical/trabalhista do governo Lula.
Entre as principais definições da coordenação está a priorização da campanha salarial unificada de 2005, discutindo depois as questões específicas e a realização de assembléias em conjunto, defendendo o funcionamento de fato da mesa de negociação permanente. A coordenação estadual decidiu aprofundar as discussões sobre índice até chegar a um índice emergencial, como estratégia de mobilização. Os servidores também debaterão o piso salarial para o serviço público federal, corrigindo as atuais distorções, e a necessidade de firmar a data-base da categoria. Por fim, decidiu-se realizar debates sobre as reformas do governo e um seminário sobre plano de carreira. Foram escolhidos para a coordenação provisória dos SPFs no estado os servidores Roback (Sintrajusc), Júlio (Assibge), Marival (Sinasefe), Carlos (Apufsc) e João (Sindifisp).
TRE/SC
Ato de desagravo pelo fim das perseguições
Após o lançamento da campanha salarial 2005, os SPFs se dirigirão para a frente do TRE/SC para realizar um ato de desagravo contra as perseguições a dirigentes sindicais. O ato denunciará as perseguições que dois dirigentes sindicais estão sofrendo. O Sintrajusc obteve liminar que garante a permanência de uma dirigente no TRE/SC. O presidente anterior determinou o retorno da dirigente à Brasília, mas a liminar impediu o cumprimento da medida. O caso do outro dirigente ainda aguarda solução. O Sintrajusc está estudando medidas administrativas e judiciais nos mesmos moldes dos que foram encaminhados anteriormente para barrar a medida inconstitucional do presidente do TRE/SC, que ataca a liberdade de organização sindical, ferindo o princípio da inamovibilidade dos dirigentes. Participe do ato!