Postos do Instituto Nacional do Seguro Social [INSS] em onze Estados iniciaram nesta quarta-feira [13] uma paralisação de 48 horas. A manifestação é para reivindicar melhores salários e repudiar o aumento de 0,1% anunciado pelo governo para os servidores públicos federais.
De acordo com informações da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social [Fenasps], os postos do INSS em São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Pará, Goiás, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Alagoas estão paralisados. No Ceará, os servidores fazem assembléia. A Fenasps é uma das doze entidades nacionais que fazem parte da Coordenação Nacional da Entidades Servidores Federais [Cnesf], junto com a Fenajufe.
A Assessoria de Comunicação do Ministério da Previdência informou à Agência Brasil que no início da tarde deve divulgar um balanço do movimento. Em todo o país, os 1.177 postos do INSS atendem 100 mil pessoas diariamente.
A diretora da Fenasps e do Sindprev/BA, Lídia de Jesus, disse à Agência de Notícias da Fenajufe que a expectativa da Federação e dos sindicatos de base é positiva, em relação à paralisação de 48 horas. De acordo com ela, a entidade nacional deverá divulgar um balanço da paralisação no final da tarde de hoje. A greve de dois dias, segundo Lídia, atinge, em alguns Estados, toda a base da Seguridade Social, além do INSS.
A diretora da Fenasps informou que essa paralisação de 48 horas tem como objetivo preparar a categoria para a greve nacional que deverá ser deflagrada em maio, cujo indicativo será votado na plenária setorial da Federação no próximo dia 23 de abril. “Na plenária setorial nós só iremos marcar a data para iniciar a greve, se na primeira ou na segunda quinzena de maio”, reafirmou Lídia, que disse que a paralisação reivindica os principais pontos da pauta da Campanha Salarial unificada, como a definição de diretrizes da plano de carreira e reposição das perdas salariais.
Fonte: Fenajufe (Leonor Costa), com Agência Brasil