Em Brasília, STF fala em 13,5%; em Santa Catarina, servidores se mobilizaram no segundo dia do Apagão do PJU

No segundo dia do Apagão do PJU, ocorreram mobilizações em Florianópolis, Criciúma e Chapecó. Em Florianópolis, os servidores se concentraram na frente do TRT-SC e na Justiça Federal, recepcionando colegas das Varas de Araranguá, Criciúma, Tubarão e Balneário Camboriú. O Sintrajusc também estava representado em Brasília pela coordenadora Cristina de Assunção, que, da capital federal, deu informe ao vivo sobre o Supremo Tribunal Federal (STF) ter sinalizado, em reunião com a Fenajufe, proposta de reajuste de 13,5%.

As atividades encerraram o Apagão do Judiciário, que aconteceu em todo o país, convocado pela Fenajufe, para pressionar o presidente do STF, ministro Luiz Fux, a encaminhar proposta de reposição salarial da categoria.

As atividades do Apagão tiveram início nessa terça-feira, 2, quando a direção do Sintrajusc fez passagens nos locais de trabalho fazendo a convocação, trabalho realizado também nesta quarta, quando as atividades foram novamente nos prédios do TRT-SC e da Justiça Federal. O Sintrajusc abriu uma sala virtual para quem os e as colegas em teletrabalho e os e as aposentadas pudessem acompanhar as atividades, e cada entrada na sala era divulgada e saudada com aplausos.

No decorrer da tarde, no TRT-SC e na Justiça Federal, o Assessor Jurídico Fabrizio Rizzon falou sobre as ações judiciais e tirou dúvidas dos servidores. De Brasília, a coordenadora Cristina de Assunção deu informe ao vivo sobre as atividades realizadas em Brasília desde o início da manhã.

Os colegas do Sul do Estado chegaram a Florianópolis no início da tarde e participaram da mobilização, assim como os demais servidores que ficaram na frente do prédio do Foro em Criciúma. Nas falas ao longo da tarde, destacou-se que a recomposição salarial é um direito de todos os trabalhadores e trabalhadoras e se faz urgente em função das grandes perdas inflacionárias.

Mobilização no TRT-SC com colegas do Sul do estado. Crédito: Rosane Lima

Mobilização na Justiça Federal em Florianópolis, na Justiça do Trabalho em Criciúma, na Justiça do Trabalho em Chapecó e mobilização em Brasília. Na foto vertical, colegas em teletrabalho e aposentados acompanham atividades em sala virtual aberta pelo Sintrajusc

 

Em audência com Fenajufe, DG do STF sinaliza com reposição de 13,5%

Em reunião com o Diretor-Geral do STF, Edmundo Veras, a Fenajufe foi informada que na próxima sessão administrativa do Tribunal, o ministro Luiz Fux deve levar aos demais ministros a possibilidade de reajuste de salários para servidoras e servidores, na proposta orçamentária do Judiciário da União. O índice será de 13,5%, como aquele anunciado pelo Procurador-Geral da República, Augusto Aras, para o MPU. Mas a forma como será concedido não foi informada.

A Fenajufe se manifestou ao DG no sentido de que os 13,5% não atendem à reposição das perdas sofridas pela categoria. Mas a possibilidade a ser discutida na sessão administrativa significa avanço em relação ao zero de reajuste para o funcionalismo. Do outro lado, também significa que há muito a pressionar para recompor as perdas de 30,65% previstas até o fim do atual governo.

A Fenajufe também solicitou ao DG os estudos que levaram o STF à proposta dos 13,5%. Para a Federação, é importante conhecer qual é a lógica adotada pelo Tribunal. Destaque-se que é patente nas discussões da categoria que a Emenda 95 estabeleceu uma margem de crescimento nos orçamentos ao longo de 2019 até 2022, mass isso nunca foi repassado às folhas de pagamento.

No encontro, temas como a Polícia Judicial e o NS também foram discutidos com Veras, sendo por ele informado que as duas questões serão tratadas no Fórum de Carreira do CNJ.

A correção do Auxílio-Alimentação também entrou na pauta e, segundo Veras, a correção já estará prevista na proposta orçamentária, ficando a cargo da próxima presidenta do Supremo, ministra Rosa Weber, dar o encaminhamento. A Fenajufe busca construir discussão dos temas com Weber.

Participaram da reunião as coordenadoras Lucena Pacheco, Sandra Dias, Márcia Pissurno e os coordenadores Fabiano dos Santos e Thiago Duarte.

Na avaliação da Fenajufe, a possibilidade de um índice a ser analisado pelos ministros não indica arrefecimento da luta e sim, momento para intensificar a pressão.

Com informações da Fenajufe e Sintrajufe/RS