A cultura fará a transição entre o Fórum Social Mundial de 2004,em Mumbai, na Índia, e o Fórum Social Mundial de 2005, em Porto Alegre (RS). Artistas dos cinco continentes farão o espetáculo de abertura. Os indianos Amit Heri e Rabbi Shergil começam, passando a bola para os gaúchos do grupo Sombrero Luminoso. Nesta quinta edição do FSM, a cultura terá uma participação maior, incidindo transversalmente em todos os eixos temáticos, para além dos espaços ditos “culturais”. A organização recebeu 273 inscrições por meio do site oficial. São propostas integrando música, artes plásticas, audiovisual, festas e manifestações, circo, dança, performance e teatro, poesia e narrativa. O FSM oferecerá infra-estrutura para as apresentações e todas as atividades serão desenvolvidas sem cachê.
Roteiro do show de abertura
PASSAGEM PARA PORTO ALEGRE – O show de abertura inicia com o jazz do grupo indiano Amit Heri e o folk-rock do cantor e compositor Rabbi Shergil. Eles representarão a transição da Índia, onde o FSM foi realizado em 2004, para Porto Alegre. A apresentação terá duração de 50 minutos.
SOM GAÚCHO – A seguir, os gaúchos do Sombrero Luminoso levarão ao palco seu rock cucaracha, com letras em “portunhol”. Criada em 2000, a Sombrero Luminoso aborda o amor com um humor sutil, imprimindo às letras uma forte característica latina. A banda traz em seu trabalho influências dos Ramones, Bob Dylan, Beatles, Charly Garcia, entre outros. A apresentação será de 20 minutos.
BONECOS GIGANTES – O grupo de bonequeiros australianos Snuff Puppets
participará da caminhada com os bonecos gigantes confeccionados durante oficina a ser realizada a partir de 14 de janeiro em parceria com a Associação Gaúcha de Teatro de Bonecos. Os “snuffs” também farão uma apresentação no palco, que promete surpreender o público presente ao Pôr-do-Sol. Apresentação de 20 minutos.
ESTILO CRÉOLE – O cantor, compositor e ator Luck Mervil fará uma
apresentação marcada por forte estilo créole (típico da região das Antilhas, resulta da mistura das culturas negra, francesa, européia e índia). Luck Mervil é haitiano e mora em Montreal (Canadá). Sua música fala da vida, do amor e do quotidiano e hoje é um dos artistas mais importantes de língua francesa. Apresentação de 20 minutos.
DIALETO SICILIANO – O grupo italiano Qbeta apresentará em Porto Alegre seu estilo peculiar, que mistura o autêntico som siciliano, o ritmo balcânico, a solaridade mediterrânea e ritmos atuais, como o funk e o pop. Natural de Ragusa, Sicília, Qbeta tem 14 anos de carreira e quatro discos gravados, o último em 2004, “Indigeno”. O trabalho do grupo fundamenta-se na cultura local, sendo que suas composições são escritas em dialeto siciliano. O ritmo de sua música é alegre, ao mesmo tempo rápido e contemplativo, típico do povo mediterrâneo. Qbeta faz um equilíbrio entre a tradição siciliana e a
tradicional música italiana, resultando em composições que visitam a canção engajada, um pouco de pop, ska e funk jazz. Esta heterogeneidade, no entanto, não é um fator limitante para sua produção, mas exatamente sua força. Apresentação de 50 minutos.
POP-ROCK ANDINO – O La Sarita, grupo que está na vanguarda da cena roqueira peruana, apresentará uma combinação do gênero fusion com teatro e efeitos luminotécnicos, ao mesmo tempo em que aborda problemáticas morais, éticas e sociais. O som pop-rock é construído com o auxílio de instrumentos típico da região dos Andes, como a harpa andina. Apresentação de 50 minutos.
ROCK PLATINO – Eleita numa pesquisa promovida pelo jornal Clarín a melhor banda argentina do momento, Bersuit Vergarabat reúne multidões de fãs por onde passa. A Bersuit apresentará seu trabalho, consolidado em 15 anos de estrada, baseado em boa música, posição crítica ante a conjuntura política e social e muito bom humor. Seus shows transformam-se em grandes festas populares. Apresentação de 50 minutos.
MANU CHAO – O franco-espanhol Manu Chao já trabalhou com vários artistas latino-americanos, como os brasileiros Skank, Carlinhos Brown e Circo da Madrugada, a argentina Todos Tus Muertos e a mexicana Tijuanano. Manu grava álbuns em estúdios artesanais e alterna a carreira solo com a companhia de bandas diversas. Apresentação de 40 minutos.
LA PHAZE – Formada em 1999, a banda francesa La Phaze mistura ragga-rock com batidas drum&bass, numa apresentação energética. O trio tira sua energia e criatividade de suas múltiplas influências, como a energia do punk. A banda já interpretou Asian Dub Foundation, Mano Chao, Atari Teenage Riot, Brooklyn Funk Allstars, Burning Heads, Death in Vegas, entre outros.Apresentação de 40 minutos.
Após, Manu Chao e La Phaze fazem apresentação conjunta de 20 minutos.
Fonte: Imprensa Fórum Social Mundial