Por Imprensa
Os principais bancos privados do país fecharam este ano 3.541 postos de trabalho. Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregos do Ministério do Trabalho), ao todo os bancos demitiram 29.362 bancários de janeiro a outubro.
Nos bancos privados, o número de funcionários foi reduzido drasticamente. Foram 14.986 contratações contra 18.527 demissões, ou seja, uma redução equivalente a quase 10% da categoria.
O presidente da Confederação Nacional dos Bancários (CNB/CUT), Vagner Freitas, destaca que os números são assustadores, mas infelizmente eles não param por aí. “Nós já temos informações de que o Unibanco, Itaú, Bradesco, Santander e o ABN/Real pretendem fazer mais cortes entre dezembro e janeiro.
Para o sindicalista, as demissões anunciadas pelos principais bancos do país têm um motivo bem definido: os banqueiros não conseguiram achatar o salário dos bancários nesta Campanha Salarial e querem enxugar a folha de pagamento. “O aumento real que conquistamos este ano está causando um impacto de 9,3% em média na folha de pagamento. Como os banqueiros deram um aumento maior do que pretendiam, agora querem compensar com as demissões”, explicou.
Vagner ressaltou que o ambiente de trabalho nas agências por conta do anúncio das demissões já está tenso. “Este é o presente de Natal que os banqueiros querem dar para seus funcionários”, denunciou.
O presidente da CNB/CUT disse que os bancários estão organizando um dossiê que será entregue ao presidente Lula, ao ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, aos presidentes dos Congresso Nacional, José Sarney e João Paulo Cunha, e para todas as assembléias legislativas dos estados.
Fonte: CNB/CUT