A coordenação do Sintrajusc, após várias reuniões, decidiu manter a sede social do Campeche fechada até o final do mês de novembro. A direção teme pelas consequências da reabertura em face da situação da pandemia de Covid-19 em Santa Catarina. Nesse sentido, também foi solicitado novo parecer do médico do trabalho Roberto Ruiz, que está assessorando a direção nos temas que se referem à preservação da saúde e segurança dos servidores em função da pandemia.
Temos cobrado insistentemente das Administrações que cuidem da saúde dos servidores e mantenham o trabalho remoto. Assim, avaliamos que a reabertura da sede nesse momento seria contraditória com essa postura de cuidado, pois não temos como garantir que nossos filiados e filiadas e suas famílias, assim como os funcionários da sede social, não se contaminem no espaço da sede, por maiores que sejam as precauções, dadas as características do vírus, com riscos de que usuários da sede levem o vírus em seu organismo e ainda contaminem outras pessoas. Em relação aos funcionários, lembramos que, em caso de acometimento por Covid-19, deverá haver reconhecimento de tal doença como relacionada ao trabalho, devendo então o Sintrajusc assumir algumas obrigações legais com relação a tal fato.
Também há que se destacar que alguns hotéis e serviços de acomodação foram abertos ao público, divulgando que tomaram todas as medidas de proteção, mas sabemos que, na prática, não têm se mostrado totalmente seguras. O embasamento para tal abertura foi meramente econômico, sob o argumento de que, se assim não fizessem, haveria um grande número de falências no setor. Em contrapartida, destacamos que o objetivo da sede do Campeche está relacionado ao lazer de seus associados, sem nenhuma motivação econômica e comercial relacionado ao lucro.
O parecer médico conclui:
“Assim, mais uma vez, destaco que seguimos vivendo sob a égide da maior catástrofe sanitária de caráter planetário dos últimos 100 anos, e portanto, venho orientar e alertar a direção do SINTRAJUSC que se faz necessário seguir tomando medidas firmes com relação à proteção dos seus associados, bem como, do cumprimento de sua responsabilidade social frente à coletividade, o que se traduz, no caso em tela, através da manutenção do fechamento da sede do Campeche até o final do mês de novembro de 2021, quando então é provável que já teremos avançado enquanto nação para uma cobertura vacinal decente, que dê conta de proteger a maior parte da população”.
Veja abaixo o parecer completo do médico do trabalho Roberto Ruiz:
Parecer_sobre_uso_sede_de_campestre_praia.pdf (197 downloads )