Frente ao grave risco para os servidores e servidoras do Judiciário Federal, TJDFT e Ministério Público da União, bem como para todo o funcionalismo público brasileiro, com as propostas de redução salarial prestes a tramitarem na Câmara dos Deputados, a Fenajufe irá se reunir, presencial ou virtualmente, com todos os líderes partidários da Casa.
Para isso, a Federação requereu audiência em caráter de urgência. O objetivo é apresentar argumentos que levem ao conhecimento das lideranças a real situação da categoria.
Com perdas salariais acumuladas por quase dez anos sem a revisão geral anual de salários determinada pela Constituição Federal, o último reajuste foi em 2015, parcelado até 2019.
Num cenário agravado pelas novas alíquotas do desconto previdenciário estabelecidas pela reforma da Previdência e que podem reduzir nominalmente em até 50% o salário desses servidores e servidoras, reduzir salários é questão inadmissível.
A Federação aguarda iniciar o calendário de audiências já nos próximos dias. Foram oficiadas, ao todo, 28 lideranças.
Na avaliação do coordenador Isaac Lima, o momento requer essa ação. “É imprescindível esse trabalho junto aos parlamentares, pela Fenajufe e também servidores na base desses parlamentares, pois é lá que eles se sentem mais incomodados. Mas é imprescindível que a Federação estabeleça esse canal de contato e que mostre, demonstre que o servidor público já é por demais penalizado no nosso país”. E completa: “Tivemos uma reforma previdência agora que aumentou nossas alíquotas [do desconto previdenciário no salário nominal] e não é possível que nesse momento de pandemia, os servidores tenham seus salários reduzidos em até 25%”, finaliza.
Para o coordenador Thiago Duarte os resultados virão se a pressão sobre os congressistas for forte. “O momento é de se antecipar e pressionar os deputados contra qualquer tentativa de redução salarial de servidores. Não podemos esperar!”, aponta.
A Fenajufe reforça orientação para que sindicatos e servidores intensifiquem a pressão nas bases eleitorais de deputados e senadores. Em ano eleitoral, é essa a melhor janela que a categoria tem para atuar com possibilidade real de resultados.
Os 28 expedientes seguem a mesma orientação, como este AQUI.
Luciano Beregeno, da Fenajufe (texto e montagem)